Publicado em 08/01/2024 10h40

Soja: espera pode significar baixa nos preços

Existem mais fatores de baixa do que fatores de alta para a oleaginosa.
Por: Leonardo Gottems

A recomendação da TF Agroeconômica para a soja segue a mesma, que é vender ou fixar preço no mercado futuro para não acabar perdendo dinheiro. “Nossa recomendação continua a mesma, de venda ou fixação de preços no mercado futuro, porque as perspectivas são de continuação da queda nas cotações”, comenta.

“Em nossa opinião, quanto mais esperar, mais cai a cotação. Somente nesta semana, a soja caiu 2,44% no Brasil e 3,38% em Chicago. Nos últimos 30 dias a cotação da soja recuou 9,81% em Chicago ou 136,75 pontos e R$ 7/saca no Brasil, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)”, completa.

Os fatores de alta são dois, a confusão relacionada à soja brasileira e o enfraquecimento do dólar ante o real. “Mais uma consultoria reduz a estimativa de produção do Brasil. A AgResource Brasil revisou suas estimativas para a produção de grãos do Brasil em 2023/24 para 150,72 milhões de toneladas, quase 10 milhões de toneladas abaixo das previsões iniciais.

As oscilações da economia americana, que nossos assinantes seguem diariamente em nossa análise do câmbio, influenciam diretamente na demanda por soja americana. No caso de hoje, positivamente, porque, com o dólar mais fraco, a soja americana fica mais atraente”, completa a consultoria.

Já os fatores de baixa englobam a expectativa que o tempo mais úmido limite as perdas de rendimento nas lavouras, principalmente em Mato Grosso. “De qualquer forma, muitos analistas acreditam que as perdas no Brasil serão compensadas por uma recuperação da produção na Argentina. Há grande expectativa sobre o relatório da Conab da próxima semana”, indica.

Além disso, as vendas externas dos Estados Unidos que vieram abaixo do piso das estimativas do mercado. “O volume, o mais baixo registrado no ano comercial, representa queda de 80% ante a semana anterior e de 85% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para 2024/25, foram vendidas 600 toneladas. A China comprou 71,6 mil toneladas”, informa.

“O plantio de soja na Argentina alcançou na última semana 85,8% da área projetada, de 17,3 milhões de hectares. Na semana, o avanço foi de 7,2 pontos porcentuais. Segundo a bolsa, 98%da safra apresentava condição entre normal e excelente. A produção argentina deverá passar de 25 MT para 48 MT nesta safra”, conclui.

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