Em novembro, os preços do algodão em Nova Iorque caíram 7,5%, atingindo cUSD/lb 78,56, enquanto no Brasil, os preços internos também desvalorizaram para R$ 3,70/lb, segundo informações do Itaú BBA. O plantio da primeira safra de algodão ganhou força, e as exportações brasileiras de pluma diminuíram 5,5% em relação a novembro de 2022, totalizando 253,7 mil toneladas.
A desvalorização foi impulsionada pela menor liquidez no mercado internacional de pluma e pela queda de 10% nos preços do petróleo. Em dezembro, houve alguma recuperação nas cotações, mas ainda não suficiente para compensar a queda anterior, com os valores atuais em torno de cUSD/lb 80.
“No mês passado, o maior importador do algodão brasileiro foi a China, que representou 65% do total. Na média dos últimos três anos, a China contabilizou 39% do total de algodão exportado pelo Brasil. Os embarques, no acumulado de ago-nov, atingiram 770 mil t, volume 0,8% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Para o período comercial 2023/24 (ago/23 a jul/24) o total projetado para exportação é de 2,5mm t”, informa.
O último relatório do USDA para a safra de algodão 2023/24 revelou revisões para baixo na produção e no consumo global da fibra. A demanda pelo algodão permanece lenta, e não se descartam novas reduções no consumo global para o período 2023/24.
A produção mundial foi reduzida em 118 mil toneladas, estimada agora em 24,6 milhões de toneladas, enquanto o consumo diminuiu em 343 mil toneladas, totalizando 24,8 milhões de toneladas. Essas mudanças resultaram em um aumento do estoque final global para 17,9 milhões de toneladas e um incremento na relação estoque/consumo para 72%, em comparação com os 71% projetados em novembro.