As informações divulgadas pela TF Agroeconômica indicaram que os preços da soja não irão subir significativamente e a melhor saída é vender agora antes que caiam mais. “A próxima safra brasileira de soja não será de 130 MT, mas, de, pelo menos 154 MT. Todos os que falam em quebra olham apenas alguns poucos municípios do Mato Grosso onde, realmente a quebra foi grande, mas um trader experiente olha a situação global e não apenas local”, comenta.
“Os estoques mundiais estão cada vez mais folgados: eram de 98 MT na safra 2021/22, passaram para 101,92 MT na safra 2022/23 e estão previstos em 114,21 MT na safra 2023/24, isto é, ainda tem uma folga ao redor de 14 MT para permanecer igual ao da safra anterior”, completa a consultoria.
Um fator importante é que os EUA deverão ter uma redução de 3,83 milhões de toneladas na sua produção soja na próxima temporada, o que totalizaria algo ao redor de 28,44 MT, contando com a quebra brasileira. “Ocorre que a Argentina deverá produzir 23 MT a mais nesta safra e o Paraguai 1,0 MT a mais, ou um total de 24 milhões de toneladas a mais do que a safra anterior. Então o quadro geral de Oferta e Demanda de soja mundial estaria ainda equilibrado, razão pela qual a XP, por exemplo, disse que, apesar da quebra brasileira,os preços não devem subir, no que concordamos integralmente”, indica.
“Dados de vendas externas dos Estados Unidos vieram mais próximos do piso das estimativas de analistas e, também, pesam sobre os contratos. De acordo com o Departamento de Agricultura do país (USDA), exportadores venderam 983,9 mil toneladas de soja safra de 2023/24 na semana encerrada em 21 de dezembro. O volume representa baixa de 51% ante a semana anterior e de 38% em relação à média das quatro semanas anteriores. A China comprou 576,8 mil toneladas do volume total. Analistas esperavam vendas totais entre 800 mil e 1,8 milhão de toneladas”, conclui.
