Publicado em 28/12/2023 11h05

Empresa de fertilizantes inaugura usina de energia solar em Imbituba

Investimento em energia renovável ratifica o compromisso da empresa catarinense com a responsabilidade ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Por: Emerson Alves

A SulGesso, que atua na produção de fertilizantes minerais, implantou uma usina solar fotovoltaica (USF) de 75 kW, com capacidade instalada inicial de 119,78 kWp na sua planta, em Imbituba, no litoral catarinense. Nas primeiras três semanas após a inauguração, em 14 de novembro, o sistema - formado por 212 placas - produziu energia limpa e renovável, contribuindo para a redução de 8,27 toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente ao plantio de 453 árvores. 

A iniciativa da SulGesso acompanha uma tendência mundial. De acordo com dados recentes da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil tornou-se o oitavo maior gerador de energia solar do planeta, em 2023, representando 14% da matriz elétrica nacional. São cerca de dois milhões de sistemas fotovoltaicos instalados. Um dos alicerces da economia nacional, o agronegócio vem acompanhando esse posicionamento.

O uso da energia solar fotovoltaica representa um avanço na adoção das práticas ESG, que são critérios de sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa. Conforme explica o diretor de ESG da SulGesso, Roger Rousseau, a nova usina é um exemplo de como o conceito ESG pode trazer benefícios para as empresas e a sociedade. 

“Alinhar interesses econômicos com valores éticos e ambientais é uma tendência cada vez mais forte no cenário empresarial atual, que exige, das organizações, uma postura mais responsável e transparente em relação ao seu impacto no mundo”, afirma. Neste primeiro momento, a energia produzida vem sendo utilizada para atender o prédio administrativo e, mais adiante, a fábrica também será contemplada. 

Além de diminuir a dependência da rede elétrica convencional e reduzir os custos da empresa com energia elétrica, a implantação de uma usina fotovoltaica também tem reflexo no aumento da competitividade e da reputação da marca, pois demonstra o compromisso da empresa com a responsabilidade ambiental e social, atraindo clientes que valorizam o consumo consciente e a preservação dos recursos naturais. Há, ainda, uma melhoria da gestão de riscos, uma vez que reduz a exposição da empresa a possíveis variações tarifárias, cortes de energia ou multas ambientais, garantindo maior segurança e estabilidade operacional.

O diretor de ESG destaca que os benefícios da usina fotovoltaica são igualmente importantes para o meio ambiente e a sustentabilidade. “Há uma redução das emissões de gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas, pois o sistema não utiliza combustíveis fósseis nem gera poluentes na sua operação”, detalha. O dirigente lembra que, por não demandar grandes áreas para instalação e nem consumir água no processo de geração de energia, a usina contribui na preservação de recursos naturais, como água e solo, que são essenciais para a produção agrícola. “O que ocorre é a promoção do desenvolvimento sustentável, que busca conciliar o crescimento econômico com a proteção ambiental e a justiça social, pois a usina fotovoltaica gera empregos locais, valoriza a cultura regional e contribui para a melhoria da qualidade de vida das comunidades”, acrescenta Rousseau.

A empresa

Com 45 anos de atuação no mercado – desses, 23 no agronegócio – a SulGesso é um case de sucesso de economia circular, um dos modelos de produção propostos pelo modelo ESG. Sua linha de produtos, como o sulfato de cálcio granulado ou os finos de minério de ferro, existe em função dos coprodutos industriais gerados pela Indústria Carboquímica Catarinense (ICC), empresa do ramo carboquímico que foi extinta na década de 1990. Essa matéria-prima, após passar por um processo tecnológico de muitos anos de pesquisa, é transformada em fertilizante mineral, utilizado para melhorar a qualidade do solo e ampliar a produção agrícola em todo o país. 

“Além de processar os materiais e devolvê-los ao mercado de maneira útil, é realizada a extração desses coprodutos da paisagem urbana do município, em um verdadeiro trabalho de limpeza. Geramos empregos, riqueza e renda e, ainda, aumentamos a produtividade do campo”, destaca a diretora executiva da empresa, Isabela Ferreira Rousseau.

Atualmente, a SulGesso é uma holding com unidades de negócio na divisão agro (MaxiSolo), divisão de commodities (SulGesso Agro), ramo imobiliário (Park Lage) e está iniciando operações em uma nova área de atuação, no segmento de operações portuárias (BLP – Brasil Logística Portuária). Conta com uma equipe de 140 colaboradores e, recentemente, recebeu da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), o Prêmio de Inovação de Impacto Socioambiental. Outro importante reconhecimento é o Prêmio ESG da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina (ADVB/SC) na categoria ambiental, por dois anos consecutivos (2021/22), com o case “Butia catarinensis – cuidando e germinando este belo patrimônio”.

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