Publicado em 07/11/2023 17h12

‘O sentimento é de indignação’, afirma ACNB após questão polêmica do Enem sobre o agro

Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) emitiu nota após a realização da prova; confira
Por: Redação

Uma das questões aplicadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) critica o agronegócio, ao afirmar que “no Cerrado, o conhecimento local está sendo cada vez mais subordinado à lógica” do setor. Confira a questão 89 do caderno branco:

Sobre o assunto, a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) emitiu a seguinte nota:

O sentimento é de indignação!

Como pode o mais importante setor da economia brasileira, que alimenta 1 bilhão de pessoas no mundo, ser tão perseguido? Ainda mais por um órgão público, federal, que tem a obrigação constitucional de educar.

Revoltante.

A prova do ENEM realizada no dia 05.11 teve não apenas uma, mas várias questões que ferem a imagem do agronegócio, desinformam, mentem. Uma tragédia ressaltada por uma avalanche de manifestações de entidades de classe e conhecedores do que representa a produção de alimentos para o país, à qual se junta a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil.

Milhões de jovens foram impactados por essas questões ultrajantes. E, mesmo que muitos discordassem dos enunciados, tinham de responder como os aplicadores da prova desejavam, sob pena de ser penalizados e, assim, não conseguir a nota necessária para ingressar na faculdade.

Jovens, aqui a verdade.

O Brasil é um gigante no campo. Um em cada quatro reais gerados no país tem como origem as mais de 5 milhões de propriedades rurais espalhadas de norte a sul. No total, o agronegócio está movimentando R$ 2,63 trilhões este ano. E não é só renda. É também emprego. São mais de 18 milhões de pessoas trabalhando no setor produtivo. Maior que tudo, a missão central: colocar comida na mesa.

E não há luta de classes no campo.

O meio rural é democrático. Produtor rural é produtor rural. Seja pequeno ou grande. Produza para sobreviver ou para exportar.

É preciso anular as questões.

Nos juntamos à Frente Parlamentar da Agropecuária nesse movimento. As perguntas estão longe de corresponder à realidade. Mas isso não basta. Chega de complacência.

É preciso punir os responsáveis.

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