Publicado em 09/03/2015 09h05

Credito Fundiário promove transformação na vida de agricultores pernambucanos

“O Credito Fundiário trouxe dignidade pra vida da gente. Não somos mais empregados. Viramos patrão de nós mesmos e conquistamos tudo o que temos hoje”, conta o agricultor de Lagoa Grande (PE), no Vale do São Francisco, Francisco Ferreira Lopes. Ele e mais 12 agricultores familiares, que trabalhavam como assalariados rurais e recebiam um salário mínimo por mês, conseguiram mudar de vida a partir do financiamento de 180 hectares pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O grupo, que criou a Associação Comunitária Malhada Real, produz em média 120 toneladas de uva irrigada por ano.
Por: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário

Com o financiamento quitado quatro anos antes do prazo - que rendeu R$ 34 mil de desconto pelo pagamento em dia –, e uma renda líquida de mais de cinco salários mínimos por mês, as famílias comemoram as conquistas. “Todos nós temos casas aconchegantes, carro, moto e podemos pagar uma educação diferenciada para os nossos filhos. Temos a vida e a renda que sempre sonhamos e merecemos. Sabemos que houve muito do nosso esforço nessa mudança de realidade, mas se não fosse o Crédito Fundiário, os incentivos do Pronaf e de programas estaduais de irrigação, nunca teríamos conseguido adquirir nossa terra, estruturar a propriedade e colher os resultados”, reconhece Lopes. 

A produção de uva permite à Associação abastecer mercados da região e de municípios de quatro capitais do Nordeste - Fortaleza, Natal, Recife e Aracaju. Para 2015, o grupo planeja diversificar as frutíferas. Vão ampliar, com recursos do Mais Alimentos, a área cultivada em 26 hectares, sendo 13 ha para a produção de manga e 13 ha para o plantio de goiaba. 


Programa Nacional de Crédito Fundiário 

O PNCF é uma política do Governo Federal criada para que agricultores familiares sem terra ou com pouca terra possam adquirir imóveis rurais. O programa funciona como uma política complementar à reforma agrária, uma vez que permite a aquisição de áreas que não são passiveis de desapropriação. 

Além da terra, o financiamento - que tem juros e prazos bem acessíveis - disponibiliza recursos para infraestrutura básica e produtiva, acompanhamento técnico e o que mais for necessário para que o agricultor possa se desenvolver de forma independente e autônoma. O financiamento pode ser individual ou coletivo. 

Gerido pela Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA/MDA), desde a implantação, o programa já beneficiou mais de 135 mil famílias, sendo quatro 4,2 mil destas em Pernambuco.