Os caminhos e desafios para garantir a sustentabilidade do planeta por meio de políticas públicas e privadas foram tema do 1º Fórum RCN de Sustentabilidade, realizado na manhã desta terça-feira (24), no Bioparque Pantanal, em Campo Grande. O superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, participou do evento, que tem apoio da Famasul.
As práticas do ESG foram o tema central do debate. A siga traz um significado em inglês de três palavras que, traduzidas para o português significam: meio ambiente (environmental), social (social) e governança (governance). A metodologia ESG é aplicada em instituições preocupadas com o presente e o futuro sustentável. Entre elas, o Senar/MS, que há mais de um ano lançou o conceito, oficialmente.
“Para se ter uma ideia, somente hoje, nós temos mais de 20 treinamentos acontecendo em 32 municípios e 300 profissionais atuando com Assistência Técnica e Gerencial em Mato Grosso do Sul, e temos como princípio a implementação e critérios de ESG nessas 8.600 propriedades rurais atendidas por nós”, destacou o superintendente do Senar/MS.
Durante o Fórum, Lucas Galvan falou sobre a importância do agro para a sustentabilidade. “O Brasil possui 66% do seu território preservado, sendo 25% nas mãos dos produtores rurais, ou seja, é um setor que preserva os recursos naturais e ambientais. Por isso, gostaríamos de trazer cada vez mais investimentos e oportunidades para os produtores contribuírem com um mundo cada vez mais sustentável”, afirmou Galvan.
O Fórum também contou com palestras e um painel com especialistas e referências nas práticas ESG, como o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, com abordagem sobre ‘Como estimular o desenvolvimento sustentável para que MS se torne o 1º estado Carbono Neutro do Brasil’.
“O Estado Carbono Neutro até 2030 será um diferencial de Mato Grosso do Sul do ponto de vista econômico e vai ficar para as próximas gerações. Esta agenda não tem ponto de retorno”, ressaltou o governador.
Em sua apresentação, Riedel enalteceu a preservação do Pantanal. “O bioma tem uma diversidade incrível de vegetação e fluxo de águas, e quem o preservou foi o produtor rural pantaneiro. Precisamos transformar esse grande ativo ambiental em renda para esse produtor. Essa é a equação que deve ser feita em todo território sul-mato-grossense”, afirmou.
Os fundamentos e perspectivas do ESG foram abordados pelos palestrantes: Silvio Barros, consultor em governança e sustentabilidade; Rosana Jatobá, jornalista e apresentadora; Fábio Coelho, presidente de Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais); Carlo Pereira, presidente do Pacto Global Brasil; e superintendente do Sebrae/MS e diretor-secretário da Famasul, Claudio Mendonça.