A produtividade da avicultura brasileira é comprovada por números: segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), nos últimos 10 anos o consumo anual de ovos no país cresceu mais de 60% e a produção atingiu 52 bilhões de unidade por ano. Para o agrônomo da Auster, Laureano Galeazzi, esse elevado nível de produtividade é reflexo de uma série de fatores, incluindo o manejo bem feito, que precisa começar antes mesmo do alojamento das aves.
"Atentar-se à estrutura da fábrica de ração e de armazenamento de matérias-primas é de extrema importância. Para o sucesso no negócio, é vital que o galpão e as demais estruturas, como gaiolas, bebedouros, comedouros, sistema de aquecimento e ventilação, estejam bem posicionados e atendam às necessidades de acordo com a densidade dos lotes, estação do ano e outras particularidades de cada granja", explica Galeazzi
Sob o ponto de vista nutricional, a saúde intestinal das aves também é outro ponto de atenção. O especialista da Auster lembra que para as aves produzirem com qualidade é preciso ter o funcionamento correto de uma série de pilares.
"A suplementação com altos níveis vitamínicos e microminerais, como vitamina C e betaína anidra como fonte de colina, favorecem as condições intestinais, que resultam em fortalecimento da casca do ovo. Por consequência, a lucratividade do produtor aumenta consideravelmente, pois ele passa a contar com um ciclo produtivo maior".
Apesar de os ovos serem maiores em aves mais velhas, a espessura da casca diminui afetando sua rigidez e, no caso de ovos vermelhos, há ainda a redução da pigmentação. Da mesma forma, a qualidade interna é prejudicada com alteração no albúmen, que se torna mais líquido.
Com o envelhecimento, as poedeiras sofrem com estresse oxidativo e diminuição da saúde intestinal e hepática, o que, por sua vez, resulta em baixa absorção de nutrientes essenciais para a manutenção da qualidade dos ovos.
"A perda de ovos por falta de cálcio na formação das cascas é estimada em 8%. Por isso, incluímos a vitamina C, que ajuda a aumentar o tempo de prateleira e reduzir a quantidade de ovos quebrados", complementa o agrônomo.