O mercado brasileiro de créditos de carbono segue em crescimento e pode gerar receitas de US$ 120 bilhões até 2030 e suprir 48,7% da demanda global por créditos de carbono. Em meio a este cenário, o Grupo Agronelli, sediado em Uberaba/MG, através da solução goFlux Carbon Free dá um passo importante em direção à sustentabilidade no agronegócio ao receber o prestigiado Certificado Internacional de Descarbonização da Logística.
Vista de uma das áreas do Grupo Agronelli
Através da solução goFlux carbonFree, a empresa conseguiu neutralizar as emissões de CO2 decorrentes da movimentação de mais de mil toneladas de gesso agrícola, nesta primeira etapa do processo, tornando sua operação de transporte rodoviário altamente eficiente e amigável ao meio ambiente.
Segundo José Eduardo, gerente de logística da Agronelli, receber o certificado em parceria com o seu cliente, a Usina Cerradão, de Frutal/MG, foi mais um importante passo na jornada de sustentabilidade do grupo. “Há mais de 40 anos realizamos iniciativas ambientais com projetos sociais implantados e que contribuem na preservação da natureza”, diz.
“Estar aliado a parceiros que valorizam o meio mmbiente é um sucesso”, reforçou Marco Túlio Paolinelli, presidente do Grupo Agronelli e fundador do Instituto Agronelli, destacando a importância da parceria da empresa com a Usina Cerradão e a logtech paulista goFlux, que coordenou a operação.
Segundo a head de novos negócios e inovação da goFlux, Patricia Gagliardi, a Agronelli é uma empresa extremamente preocupada com a produção sustentável e com o posicionamento consolidado no mercado e nas práticas ESG (Environmental, Social and Governance) em inglês, que em português pode ser traduzido como ambiental, social e governança. “É notável o compromisso da empresa, com a mudança de modalidade de transporte e a entrega do produto descarbonizado aos clientes. Isto traz diferencial competitivo para todo o ecossistema”, destaca.
GoFlux carbonFree é uma solução inovadora lançada há pouco mais de um ano, pela logtech goFlux e especificamente projetada para o setor de transporte de cargas rodoviário, com o objetivo de unir a logística à preservação do meio ambiente. Através de projetos de geração de créditos de carbono, provenientes da produção de energia renovável e créditos de florestas, a solução combate as mudanças climáticas, permitindo que as empresas e embarcadores contratem fretes com operações livres de impacto de emissões de CO2.
"Este primeiro certificado entregue ao nosso cliente e parceiro, Grupo Agronelli, comprova a importância e a eficiência da plataforma. O desafio agora é desmistificar o setor escalonando a redução da pegada de carbono no transporte de cargas, para um número cada vez maior de empresas”, finaliza Patricia.
O mercado brasileiro de créditos de carbono pode gerar receitas de US$ 120 bilhões até 2030 e suprir 48,7% da demanda global por créditos de carbono. A projeção foi feita pela Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), em parceria com a consultoria WayCarbon. A estimativa é que o país consiga gerar 8,5 milhões de empregos até 2050. A aprovação de um mercado regulado de carbono no Brasil é apontada por instituições e especialistas como uma das premissas para fortalecer o processo de amadurecimento deste mercado no país.
Atualmente, a oferta brasileira corresponde a cerca de 12% das emissões mundiais (45,28 MtCO2 em créditos de carbono no mercado voluntário em 2021), superando o market share de 10% verificado no estudo do ano passado. Tal desempenho é reflexo da influência da regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris, na COP-26.
O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensação de emissão. Cada empresa tem um limite determinado para emitir gases de efeito estufa. As que emitem menos ficam com créditos, que podem ser vendidos àquelas que passaram do limite. O crédito de carbono equivale a 1 tonelada de gás carbônico (CO²) ou outros gases que deixou de ser emitida para a atmosfera.