Publicado em 19/07/2023 11h54

Colheita de algodão vem a passos lentos

Pressão de pragas não está afetando a produtividade.
Por: Conab - Companhia Nacional de Abastecimento

Os principais estados produtores de algodão, liderados por Mato Grosso (MT), estão experimentando uma aceleração na colheita, apoiada pelas condições climáticas favoráveis, de acordo com o último boletim semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Mato Grosso, a colheita avançou substancialmente nas regiões produtoras. Ainda mais animador é que as condições climáticas têm contribuído para a manutenção da qualidade das lavouras, um fator crítico para a comercialização posterior da safra.

O estado vizinho, Mato Grosso do Sul, também mostra sinais promissores, com operações de pulverização de desfolhantes e colheita em andamento. Além disso, os agricultores deram início à eliminação de soqueiras nos talhões já colhidos, uma medida preventiva essencial para reduzir os focos do bicudo, uma praga comum nas lavouras de algodão.

Em Goiás, a colheita avança principalmente no Extremo-Sul e na região Leste do estado. As primeiras áreas colhidas têm apresentado boas produtividades, um indicativo promissor para o restante da temporada de colheita. Na Bahia (BA), uma das principais regiões produtoras do Brasil, as lavouras de sequeiro do Extremo-Oeste estão sendo colhidas e mostram boa produtividade e qualidade de fibra. As lavouras irrigadas da região, por sua vez, estão na fase de formação de maçãs e maturação, apresentando um bom desenvolvimento. E no Centro-Sul da Bahia, as condições climáticas têm favorecido a operação de colheita.

Enquanto isso, no Sul do Maranhão, tanto as lavouras de primeira quanto as de segunda safra estão em fase de maturação e colheita. No Piauí, a colheita segue em ritmo constante, beneficiada pelas condições climáticas favoráveis.

Já em Minas Gerais, as lavouras estão finalizando a maturação, e a colheita tem apresentado progresso. Em São Paulo, estado que compõe uma parcela menor da produção nacional de algodão, a colheita atingiu expressivos 90% da área produtiva.

Esses sinais positivos em todo o corredor do algodão sugerem um prognóstico promissor para a safra deste ano, a despeito dos desafios apresentados por pragas como o bicudo. A continuação das condições climáticas favoráveis será crucial para a conclusão bem-sucedida da safra em todos os principais estados produtores.

As últimas atualizações dos números da colheita nos principais estados produtores trazem novidades significativas. De modo geral, os sete estados monitorados pela Conab mostram um avanço na colheita de 12,0% na semana anterior para 18,9% no dia 15 de julho, um progresso sólido, embora abaixo dos 27,2% do mesmo período no ano passado.

No Maranhão, a área colhida subiu de 12,0% na semana anterior para 22,0% no dia 15 de julho. Isso representa um avanço notável, principalmente quando comparado aos  13,0% do mesmo período no ano passado. O Piauí também apresenta progresso, saltando de 26,0% na semana anterior para 38,0% no dia 15 de julho. Isso ultrapassa a marca de 37,0% alcançada no mesmo período do ano passado.

Na Bahia, a percentagem colhida aumentou de 10,0% na semana anterior para 20,4% em 15 de julho, embora esteja abaixo dos 50,9% registrados no mesmo período do ano passado. As condições climáticas podem ter contribuído para esta diferença. Em Mato Grosso, houve um aumento de 11,7% na semana anterior para 17,5% no dia 15 de julho. A taxa é um pouco menor do que os 20,3% alcançados no mesmo período do ano passado, possivelmente devido a variações climáticas.

Em Mato Grosso do Sul, houve um aumento de 17,0% na semana anterior para 23,0% em 15 de julho, mas ainda abaixo dos 40,0% registrados no mesmo período do ano passado. Goiás apresenta um aumento consistente, com a colheita subindo de 18,0% na semana anterior para 30,0% no dia 15 de julho, mas ainda abaixo dos 50,0% do ano passado. Em Minas Gerais, houve um avanço na colheita de 27,0% na semana anterior para 32,0% no dia 15 de julho, ultrapassando a taxa de 20,0% do mesmo período no ano passado.

Esses dados sugerem que, embora existam variações entre os estados, há uma tendência positiva na colheita do algodão deste ano. A continuação das condições climáticas favoráveis será um fator chave para garantir que essa tendência continue na direção certa.