Depois de quatro anos de seca, as cheias do Pantanal voltaram trazendo grande alívio e preocupação. Por mais que a recuperação das águas seja positiva para a natureza, essas inundações podem levar animais terrestres a buscarem novas áreas. Isso porque os alagamentos reduzem a disponibilidade de alimentos e até mesmo de abrigos para sobrevivência e reprodução.
"Na busca por esses recursos, esses animais acabam diante do desafio de atravessar rodovias que cortam a região, pois as rotas são mais acessíveis para outras áreas verdes. Mas, infelizmente, quando os animais se aventuram nas vias, estão expostos a um risco maior de serem atropelados", comenta o médico-veterinário Guilherme Vianna, gerente de negócios da Belgo Arames, referência no mercado brasileiro de arames.
Monitoramento feito pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) revelou que, em média, 180 animais são atropelados por dia, 50% deles no período noturno.
"Isso acontece porque muitos dos animais possuem hábitos noturnos e são de grande porte, como o lobo Guará, as capivaras, antas, queixadas, onças-pintadas e os cervos. Eventuais acidentes com essas espécies representam uma ameaça significativa não somente à fauna, mas para a vida dos motoristas e de seus passageiros", complementa Vianna, que também é doutor em medicina veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Por ser uma área muito movimentada, em razão da importância ecoturística, a região do Pantanal oferece riscos constantes às espécies e às pessoas que passam por ali. Por isso, um ponto de atenção são os cercamentos das rodovias, principalmente nos locais onde há maior número de colisões. Isso ajuda a conter e proteger os animais. Além disso, com cercas eficazes, também é possível guiar as diversas espécies até passagens seguras, como debaixo de pontes.
"Cercamento feito com material resistente e de qualidade, que suporta diferentes condições da natureza, é uma das maneiras mais efetivas de mitigar o problema", comenta o gerente de negócios.
A Belgo Arames também é parceira do projeto Estrada Viva – da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), campus Aquidauana, do Instituto Raquel Machado, Viafauna e Fundação Neotrópica – e já realizou doações de cercamento para trechos de rodovias locais, a exemplo de Bonito (MS). O projeto quer tornar as rodovias do Mato Grosso do Sul mais seguras para os usuários e reduzir e mitigar o número de atropelamentos e mortalidade de animais, proporcionando mais proteção à fauna e aos condutores que passam por uma área natural tão bela.