Ontem, os futuros de milho da Bolsa de Dalian, da China, foram negociados com seu maior prêmio em relação aos preços globais do milho do que em alguns anos, informa a Consultoria TF Agroeconômica. “Os agricultores do Brasil não estão vendendo milho abaixo dos preços de equilíbrio”, observa a equipe de analistas de mercado.
Além disso, destacam os especialistas, o milho dos Estados Unidos e o milho do Brasil se mantêm com o mesmo preço FOB (Free On Board, frete em que o comprador assume todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria). “Talvez os EUA possam vender algum milho para a China nas próximas semanas. No entanto, nas próximas três semanas, nada é mais importante para o mercado de milho do que o clima”, alerta o analista sênior da TF Agroeconômica, Luiz Carlos Pacheco.
As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nessa terça-feira, pré-WASDE (Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial). “De olho na possibilidade de uma redução dos estoques e rendimento da safra americana pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), o mercado optou por uma posição comprada, apesar dos dados negativos do dia”, diz a Consultoria TF.
“A melhora nas condições das lavouras, (mesmo que ainda abaixo da média histórica), os dados de inspeção abaixo da semana anterior e o andamento da safra brasileira seguraram qualquer possibilidade de uma alta expressiva, como aconteceu com a soja e trigo. A sustentação da cotação do milho depende apenas dos possíveis cortes no relatório WASDE”, conclui Pacheco.