A chegada do mês de junho, além de marcar a metade do ano, nos convida também a fazer uma profunda reflexão sobre a importância de iniciativas sustentáveis para agricultura. Para isso foram instituídas duas importantes datas. No último dia 5 de junho, foi celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemoração está estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), e tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.
Já hoje, 15 de junho, se comemora o Dia da Agricultura Irrigada. A data foi proposta em 2021, pela PL2975/2021, escolhida estrategicamente por estar no início do período seco em grande parte das regiões brasileiras, quando a produção de alimentos é totalmente dependente da irrigação. No Brasil os três sistemas mais utilizados são os sistemas por inundação, comum por exemplo, a produção de arroz, por gotejamento voltado principalmente para horticultura e por aspersão, com a utilização de pivôs para cultura de grande escala, como por exemplo a produção de grãos e fibras.
Nos últimos anos, a agricultura irrigada tem avançado de forma sólida no país. De acordo com o relatório da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a técnica pode crescer 45% até 2030 no Brasil, frente a uma demanda alta de produção de alimentos. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), será necessário aumentar em 70% a produção de alimentos até 2050.
Atualmente o Brasil tem potencial para irrigar 55 milhões de hectares, porém possui 8,2 milhões de hectares irrigados. O número representa menos de 20% da área cultivada no país, mas significa mais de 40% do volume total de alimentos produzidos. Isso mostra como a técnica é capaz de otimizar a produção. Alimentos típicos da dieta nacional – arroz, feijão, legumes, frutas e verduras – são produzidos em grande medida por meio da irrigação. No caso do arroz e da horticultura, mais de 90% da produção utiliza o método.
A agricultura irrigada proporciona uma produtividade de duas até três vezes maior do que áreas de sequeiro (não irrigadas). Além disso, a técnica oferece outras vantagens como: melhoria na qualidade dos produtos, redução de custos unitários, atenuação dos impactos da variabilidade climática, otimização de insumos e equipamentos, aumento na oferta e na regularidade de alimentos, assim como a modernização dos sistemas de produção.
A Lindsay América Latina, empresa representada pelas marcas Zimmatic™ e FieldNET™, que atua na fabricação e distribuição de pivôs centrais, laterais e soluções tecnológicas há mais de cinco décadas, assumiu o desafio global em desenvolver novas tecnologias para os sistemas de irrigação. Como por exemplo, o já consagrado FieldNET™, que há anos ajuda produtores no seu dia a dia, monitorando e preservando recursos, reduzindo riscos e maximizando a produtividade. “Ferramentas como essas, contribuem para o consumo sustentável da água, minimiza os riscos de investimento na agricultura, garantindo alta produção mesmo em climas adversos. Temos reduções de consumo de água e energia na casa de 20-30%”, destacou Rodrigo Bernardi, engenheiro agrônomo e especialista em produtos na empresa.
Ele reforça que o controle da aplicação de água através de tecnologias que ajudam a monitorar a real necessidade da planta, faz com que o produtor tenha um melhor manejo de sua lavoura, com o controle da época de plantio, redução por perdas de adubos e defensivos químicos. Ou seja, ele pode tomar decisões antecipadas de forma a reduzir prejuízos.
A maior economia de água consiste em acertar o momento correto que a planta precisa e na quantidade exata, no local correto, sempre aproveitando o recurso que já está disponível no solo. Uma das ferramentas eficientes hoje nesse sentido é o FieldNET Advisor. Com gerenciamento remoto integrado e manejo da irrigação, a solução foi desenvolvida pela Lindsay e é totalmente integrada a plataforma FieldNET.
A ferramenta fornece informações precisas e objetivas de irrigação ao produtor e ainda mostra se os pivôs estão operando como o programado, auxiliando-o nas tomadas de decisões. “Com o FieldNET Advisor a ideia é aplicar realmente o necessário, permitindo que as plantas expressem o máximo do seu potencial produtivo. Mas, isso tudo, com foco em reduzir os custos com energia e o uso da água, sem que a planta entre em estresse hídrico, uma solução altamente eficiente e sustentável”, finaliza Bernardi.