No mercado brasileiro de milho para exportação, os prêmios permaneceram novamente inalterados, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica “Os prêmios permaneceram em $ 10 cents/bushel para julho23; em $23 para agosto; em $20 para setembro; em $ 20 para outubro e $ 27 cents para novembro”, comenta.
“Com preços abaixo dos custos de produção e em plena finalização da colheita da soja, os produtores não se sentiram motivados a negociar nada, nesta segunda-feira. Por conta dos preços excessivamente baixos, não ouvimos nada reportado no mercado de exportação, pois os resultados líquidos no interior ainda são menores do que os custos de produção. Desta forma, sem garantir o escoamento via exportação, as indústrias continuam confortáveis diante da grande disponibilidade que esperam com a Safrinha de 2023 e, com isto, o mercado retroalimenta a baixa dos preços”, completa.
Os preços aproximados do milho argentino FOB fecharam ao redor de US$ 235 para junho, U$ 226 para julho e US$ 220 para agosto. “Os preços flat do milho caíram para US$ 267 FOB nos EUA, caíram para US$ 235 FOB Up River (oficial), na Argentina e caíram para US$ 230 FOB Santos, no Brasil”, indica a consultoria agroeconômica. “Os negócios de exportação milho são feitos com base em prêmios, mas nós os convertemos aqui em US$/t para dar uma ideia do que poderiam significar em termos de custo efetivo para os importadores brasileiros”, explica.
O mercado brasileiro de exportação de milho enfrenta preços abaixo dos custos de produção, desmotivando os produtores a negociarem suas safras. Com a finalização da colheita da soja e a falta de garantia de escoamento via exportação, as indústrias estão confortáveis diante da grande disponibilidade esperada da Safrinha de 2023, resultando na baixa dos preços. Os preços do milho argentino e dos EUA também caíram, reforçando o cenário desfavorável. Os negócios de exportação baseados em prêmios permaneceram inalterados, refletindo a falta de estímulo para a comercialização do milho no mercado internacional.