O crescimento populacional, o aumento da incidência de pragas e doenças e a demanda por uma agricultura mais responsável com o meio ambiente está pressionando o sistema alimentar. Ao mesmo tempo, a inflação e o conflito geopolítico impulsionaram o preço dos insumos, sobrecarregando os custos de produção dos produtores. Como lidar com a situação?
Muitos produtores agora estão se voltando para os bioinsumos — ferramentas de produção e proteção de culturas derivadas de materiais biológicos ou processos que ocorrem naturalmente — como alternativa. Sua adoção vem crescendo de forma tão grande que se espera que o mercado global de produtos biológicos cresça de US$ 11,66 bilhões em 2022 para US$ 29,31 bilhões até 2029. Destaca-se que o Brasil é atualmente o maior mercado mundial para este produtos.
À medida que o número de produtos e serviços biológicos aumenta, incluindo bioinseticidas, biofungicidas, bionematicidas, solubilizadores de nutrientes do solo, revitalizadores da saúde do solo dentre outros, produtores rurais estão expandindo sua adoção em um ritmo dantes nunca visto.
Os biológicos estão crescendo a um ritmo de dois dígitos e espera-se que eles superem os defensivos químicos dentro de 20 anos, observam especialistas.
A região do Vale de Salinas, na Califórnia, é o local de amplo uso dos biológicos nos Estados Unidos, incluindo para a produção hortaliças, morangos, tomates, nozes, amêndoas e muito mais, mas é o Brasil o líder em biológicos no mundo. Aqui eles vêm sendo usados tanto por grandes quanto pequenos produtores, tanto na fruticultura, e horticultura como em grandes culturas – milho, soja, algodão e em outras espécies agronômicas. Os maiores grupos agrícolas do Brasil como SLC, Bom Futuro, AMaggi, Scheffer e outros usam estas tecnologias.
A indústria atuando no desenvolvimento e produção dos biológicos inclui desde empresas nacionais as multinacionais, desde empresas relativamente pequenas as maiores gigantes do agro, sinalizando que este é o mercado para o presente e do futuro.
