A partir de agora, a chave para a tendência dos preços do milho será a exportação, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Se ela mantiver um ritmo regular e cadenciado ao longo do segundo semestre, teremos alta nos preços; se ela mantiver um ritmo irregular, teremos preços derretendo, como aconteceu coma safa de verão”, comenta.
“Ao contrário da soja, que tem forte tendência de baixa, o milho tem tendência mais forte de alta, porque há uma perspectiva de oferta menor (com os problemas da safra americana), que deverá conduzir a demanda mais para o milho brasileiro, mais abundante nesta temporada”, completa a consultoria.
Dentre os fatores de alta, estão os problemas climáticos que continuam afetando mais o milho do que a soja e a demanda internacional. “Como os preços do milho no Brasil dependem muito do escoamento das sobras para o mercado externo, acompanhar a demanda internacional torna-se vital. A demanda chinesa por produtos agrícolas permaneceu boa, mas não espetacular, com a maioria comprando no padrão de mão a boca. A atividade comercial do Mar Negro foi limitada, com maio dominado pela incerteza sobre as negociações do corredor”, comenta.
O principal fator de baixa é a grande safra brasileira. “As estimativas da safra brasileira continuaram a ser elevadas, com uma forte segunda safra de milho também agora prevista. Com as exportações brasileiras de milho até agora mais lentas, isso pode levar a outro grande impulso de exportação com consequências para a logística e armazenamento nos portos”, indica.
“O relatório semanal do CoT mostra que os Fundos cobriram as posições vendidas comprando posições novas de milho durante a semana que terminou em 30/05, reduzindo-as em 17,5%, mas o grupo ainda estava com 51 mil contratos líquidos vendidos no fechamento. Já os hedgers comerciais de milho adicionaram novas vendas durante a semana, expandindo suas vendas líquidas em 46 mil contratos para 148 mil”, conclui.