De acordo com o que informa a TF Agroeconômica, é bastante possível que a soja siga caindo num futuro próximo. Um dos principais fatores para isso é a oferta global, que deve aumentar, somada com o esmagamento mundial. “Aumento significativo da produção (oferta) mundial, como mostramos no relatório da sexta-feira da semana passada: a produção total deverá aumentar em 75,53 milhões de toneladas, ou 10,84% e os estoques finais em 21,46 milhões de toneladas, ou 21,24%, o que é muito”, comenta.
“O esmagamento mundial que, afinal, é o que consome a soja, deverá aumentar apenas 19 milhões de toneladas, pressionado pela recessão mundial. Como resultado, o óleo de soja, que é um subproduto do esmagamento da soja, está sentindo com força o aumento projetado na produção de soja sobre os seus preços”, completa a consultoria.
Somando-se a essa questão da oferta está a economia do maior produtor mundial de óleo de soja. “A China está vacilando e não mostra sinais de crescimento exponencial como experimentou no passado. A China é o maior cliente de exportação de soja dos EUA e fechou acordos com o Brasil para fazer compras em suas moedas locais, em vez do dólar americano. Somente quando a economia da China funcionar em todos os cilindros, a demanda global por soja do maior produtor de óleo de soja será forte. Por enquanto, o óleo de soja não está ajudando a recuperar os preços do grão. O mesmo se diga do farelo”, indica.
No encerramento da semana, o complexo de soja fechou o dia e a semana em queda. O mercado até esboçou uma alta na abertura da sessão dessa sexta-feira, no entanto os fatores baixistas mantiveram a pressão que a oleaginosa sentiu por toda a semana.