Existem diversas formas de adubação para o trigo, mas a melhor forma depende de fatores como: tipo de solo, clima, variedade do trigo, entre outros. Um dos principais nutrientes necessários para o crescimento do trigo é o nitrogênio, que pode ser fornecido por meio de adubos químicos ou orgânicos.
A Embrapa recomenda que a dose na adubação nitrogenada varie em função do teor de matéria orgânica, da cultura precedente, da região e da expectativa de rendimento.
O critério utilizado para definir as doses de nutrientes a serem aplicadas no trigo pode variar de acordo com o objetivo da aplicação e com a região onde o trigo é cultivado.
No Brasil, o principal critério de classificação comercial do trigo é a força de glúten, que nem sempre apresenta relação com o teor de proteínas. O conteúdo de proteína total varia, em média, entre 12 a 14%.
A quantidade de Nitrogênio recomendada de acordo com pesquisas realizadas pela Embrapa é de 60 a 120kg/ha, aplicando de 15 a 20kg/ha na semeadura e o restante em cobertura (perfilhamento e alongamento do colmo das plantas).
As principais fontes de nitrogênio são a uréia, o nitrato de amônio e o sulfato de amônio.
A eficiência agronômica desses fertilizantes para trigo é idêntica. Por essa razão, recomenda-se usar a fonte que apresentar o menor custo por unidade de N.
A adubação mais usada para o trigo no Rio Grande do Sul é a adubação nitrogenada.
A Embrapa Trigo avaliou a máxima eficiência econômica de cultivares semeadas em 32 experimentos, conduzidos durante dez anos no Rio Grande do Sul e, utilizados até hoje.
A etapa de planejamento da adubação da lavoura de trigo deve ser precedida pelas práticas de calagem e correção do solo antes da instalação da cultura no campo.
A calagem é a adição de calcário ou cal virgem ao solo com o objetivo de diminuir a acidez e fornecer nutrientes para as plantas, como os íons cálcio e magnésio. A calagem é uma grande aliada para a tolerância das plantas a períodos de estiagem. Isso porque ela fornece cálcio, que estimula o crescimento das raízes e resulta numa maior exploração da água e dos nutrientes do solo, auxiliando a planta na tolerância à seca.