Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3) o milho teve nova queda de 2,73%, pressionado pela safra recorde que se avizinha, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “O mercado está precificando menor demanda externa e uma disponibilidade ao redor de 40 milhões de toneladas dos estados do Centro-Oeste, que serão ofertadas às indústrias compradoras do Sul do país. Isto significa uma enorme pressão sobre os preços da safra de inverno, que poderão levar a valores hoje inimagináveis”, comenta.
“Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em baixa: o vencimento maio/23 fechou a R$ 64,25, baixa de R$ -1,80 no dia e baixa de R$ -4,73 na semana; julho/23 fechou a R$ 63,37, baixa de R$ -1,88 no dia e baixa de R$ -5,24 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 65,27, baixa de R$ -1,49 no dia e baixa de R$ -4,69 na semana”, completa.
Em Chicago o milho fechou em baixa com bons números para a semeadura na América do Norte. “A cotação de maio fechou em baixa de -2,26% ou $ -14,50/bushel a $ 627,00. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -3,24% ou $ -19,50 bushel a $ 581,50”, indica.
“As cotações do milho sofreram forte queda nesta quinta-feira, com o segundo cancelamento de lotes que haviam sido adquiridos nos EUA e agora foram direcionados para o Brasil. O relatório de exportações com aumento de 38% no volume negociado, embora sem a presença da China, impediu quedas maiores no mercado futuro de Chicago. O USDA anunciou um grande cancelamento de venda de exportação esta manhã, já que a China cancelou mais um lote de 233 mil toneladas de milho que seria embarcado no ano comercial 22/23”, conclui.