Com a China reduzindo o uso de farelo de soja na ração animal, uma dúvida sobre a influência disso para a alta da soja começou a correr dentre os produtores, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Segundo a consultoria, a chance de os preços subirem é “muito pouca”.
“Os preços da soja estão caindo no mercado internacional e em Chicago, mais especificamente, acompanhando a queda na demanda. Fatores de baixa, como, uma possível maior oferta de soja argentina diante da nova onda de “Dólar Soja 3, clima favorável para o plantio americano, colheita recorde quase terminando no Brasil e anúncio de menor demanda chinesa (Chicago caiu devido à falta de novos pedidos deste país) estão pressionando, não apenas as cotações dos mercados futuros, mas também os prêmios e os preços internacionais e deverão continuar assim para os próximos meses”, comenta.
A TF ouviu de corretores que alguns agricultores estão retirando suas ofertas de soja e milho do mercado, esperando alguma reação na entressafra. “Não vemos, no horizonte, nenhum motivo para isso. Nossa recomendação continua sendo a de vender e aplicar o dinheiro, que do que deixar a soja no armazém. Estamos recomendando isto desde novembro passado: quem atendeu à nossa recomendação, tem hoje o equivalente a R$ 216,50/saca, contra R$ 135/saca oferecido na maioria das regiões do país”, indica.
Em Chicago a soja fechou em baixa após anúncio que a China pretende reduzir o uso de farelo de soja. “O contrato de soja para maio23 fechou em baixa de -0,03% ou $ -0,50 cents/bushel a $ 1500,50. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em baixa de -0,84%, ou $ -11,00 cents/bushel a $ 1311,50. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,78% ou $ -10,25 cents/bushel a $ 1304,75”, conclui.
