O mercado futuro do açúcar fechou a sexta-feira (31) em alta na ICE Futures de Nova York. O lote maio/23 foi contratado no último dia de março a 22,25 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 29 pontos no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela julho/23 subiu 33 pontos, negociada a 21,83 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 14 e 33 pontos.
Em Londres a sexta-feira também foi de alta na maior parte dos lotes da ICE Futures Europe. O único contrato que fechou no vermelho foi a tela maio/23, contratada a US$ 360,30 a tonelada, recuo de 40 cents de dólar no comparativo com a véspera. Já o contrato agosto/23 subiu 3,60 dólares, negociado a US$ 619,20 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 5 e 7,90 dólares.
No mercado interno o último dia útil de março foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 134,59 contra R$ 132,57 de quinta-feira, valorização de 1,52% no comparativo. No mês de março o Indicador acumulou valorização de 0,82%.
A Reuters informou, na última sexta-feira, que a produção de açúcar da China, um dos maiores consumidores mundiais do adoçante, "deve cair para 9 milhões de toneladas na safra 2022/23 (outubro-setembro), mais de meio milhão de toneladas abaixo do ciclo anterior e a menor em sete anos".
"De acordo com um relatório divulgado nesta sexta-feira pela corretora e fornecedora de serviços da cadeia de suprimentos Czarnikow, o clima seco na principal província canavieira de Guangxi foi o principal motivo para a menor produção na safra atual", informou a agência.
Com a queda na produção da China, a Czarnikow estima que o país deva importar 5,4 milhões de toneladas de açúcar em 2022/23. A China é o principal importador de açúcar do Brasil, maior produtor mundial da commodity.
"Os preços do açúcar atingiram o nível mais alto em mais de seis anos, pois outros países também enfrentaram problemas com a produção", finalizou a matéria da Reuters.