De acordo com o que informa a TF Agroeconômica, o milho brasileiro, que está atrelado intimamente à exportação, não está indo em uma tendência animadora. “Todos sabemos que a tendência dos preços domésticos do milho está intimamente atrelada à exportação, única capaz de enxugar o mercado, reduzir a (grande) oferta disponível e elevar os preços. Então, o foco é a exportação”, comenta.
“O Brasil tem um acordo fitossanitário de exportação de aproximadamente 10 milhões de toneladas para a China, desde maio de 2022, mas o país asiático decidiu fazer suas compras nos Estados Unidos: durante o mês de março adquirir quase 3,0 milhões de toneladas e milho americano, deixando o Brasil para trás”, completa. “A principal causa poderia ser a diferença de preço final CIF, uma vez que o milho americano está US$ 2/tonelada mais caro no preço FOB (isto nesta semana, porque se manteve entre 3/5 dólares mais baixo durante todo mês de março)”, indica.
Mas o preço do frete dos Grandes Lagos para a China são US$ 3/t menores do que os do Brasil. “Nesta semana os preços da Argentina se tornaram competitivos, mas o país praticamente não tem produto disponível, diante da grande quebra desta safra. Então, existe uma pequena chance lá no horizonte de a demanda chinesa se voltar de novo para o Brasil, a confirmar”, informa.
“Se isto acontecer, porém, as cotações de Chicago voltariam a cair e os prêmios no Brasil teriam que compensar esta queda, mas também não é o que está acontecendo: em 01 de dezembro de 2022 o prêmio para julho estava a 50 pontos acima da cotação da CBOT e hoje está a 54 acima, sendo que a cotação para o mês de julho recuou 16 pontos durante o mesmo período. Vamos esperar. O mercado brasileiro de exportação está completamente parado, hoje”, conclui.