De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, não existem fatores fortes o suficiente para voltar a elevar os preços da soja a níveis que compensem segurar o produto assim que colher. “Então, nossa recomendação é a de vender logo a produção e aplicar o dinheiro, quer no seu próprio negócio (comprando insumos com desconto) ou no banco, que certamente renderá mais do que guardando a soja no armazém”, comenta.
Nesse cenário, existem dois fatores fundamentais que influenciam nessa projeção, como por exemplo, no mercado internacional o petróleo está derrubando a oleaginosa. “No mercado internacional, a crise bancária dos EUA afetou o petróleo, que caiu, arrastando a soja via óleo de soja. Vai afetar, também, via recessão nos EUA e nos principais compradores mundiais de commodities, incluindo a China, com reflexos sobre a demanda e, consequentemente, com pressão sobre os preços. A falta de compras chinesas de soja norte-americana já provocou queda nos preços durante a semana”, completa.
“Com isto, os Fundos ficaram do lado vendedor, fazendo pressão de baixa sobre as cotações de Chicago. Para aumentar a pressão, o início da colheita de uma safra recorde de soja no Brasil, entre 151 MT (Mr.Cordonnier) e 153 MT (USDA e CONAB), cerca de 23,5 MT a mais do que a safra anterior, cobrindo com folga a quebra da safra argentina”, indica.
Em relação ao Brasil, o Centro de Estudos Especializados em Economia Aplicada (Cepea) fez algumas previsões. “No Brasil, o acompanhamento diário feito pelo CEPEA registrou queda de 0,26% no dia, 1,74% na semana, 2,37% no mês e 1,06% no ano civil de 2023", conclui.