Publicado em 03/03/2015 14h11

Paraná poderá colher safra de 37 milhões de toneladas de grãos

O Paraná deverá colher uma produção de grãos entre 36,5 milhões de toneladas a 37 milhões de toneladas de grãos, durante as três safras plantadas no ano agrícola 2014/15. Essa projeção, que aponta para um aumento em torno de 2% em relação à colheita da safra anterior, foi elaborada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, considerando as estimativas de área e produção para o trigo, que será plantado em 2015, e às estimativas de plantio da primeira e segunda safra de grãos.
Por: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná

“Essa é uma projeção que poderá ser alterada pelo comportamento do clima e por problemas de logística, como estamos vendo com a greve dos caminhoneiros, que podem interferir diretamente na produção agrícola do Estado”, alertou o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara.

A primeira estimativa de produção para o trigo, que será plantado este ano no Paraná, aponta para uma produção 8% maior que o ano passado, em torno de 4,1 milhões de toneladas, que pode ser a maior dos últimos tempos. No entanto, a área plantada poderá ser menor que o ano passado, em torno de 2%, indicando que o produtor paranaense continua apostando na tecnologia para elevar o rendimento das lavouras.

A mesma cautela do produtor que está sendo verificada no plantio de trigo também ocorre com o plantio de milho e feijão da segunda safra 2014/15, que está registrando reduções de área plantada. Mesmo assim, espera-se uma safra maior porque os índices de produtividade das lavouras estão se elevando, em função do alto nível de tecnologia adotado no Paraná.

A colheita da primeira safra de grãos de verão 2014/15 vem ocorrendo diariamente, contudo o ritmo é um pouco mais lento, o clima com sol pela manhã e parte da tarde não está permitindo que os trabalhos ocorram de forma rápida, mas as estimativas apontam para uma safra 6% maior. Para esse período, as previsões indicam que serão colhidas 21,9 milhões de toneladas de grãos, entre soja, milho e feijão, quase 1,3 milhão de toneladas a mais do que na safra anterior (2013/14), quando foram colhidas 20,6 milhões de toneladas, afirmou o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni.

SOJA - O bom desempenho dessa etapa da produção deve-se a uma reavaliação da safra de soja, que foi a maior produção da história, com um volume colhido de 16,7 milhões de toneladas. A estimativa inicial apontava para uma colheita de 17,1 milhões de toneladas, mas o volume foi reduzido por causa da falta de chuvas regulares que ocorreu no fim do ano passado. E, posteriormente, as lavouras sentiram o aumento das temperaturas registradas nesse início de ano, fatores que influenciaram na frustração das expectativas.

Segundo Marcelo Garrido, chefe de Conjuntura Econômica do Deral, o produtor que optou pela soja na safra de verão está sendo beneficiado na comercialização. Ao contrário de projeções, que vinham sendo feitas em todo o mundo, de queda no preço da commoditie, o fato é que no Brasil a valorização do câmbio está compensando em parte as perdas e o produtor está vendendo a soja em torno de R$ 60,00 a saca, que é um preço que remunera os custos de produção e ainda contribui com sua capitalização.