O Brasil é o terceiro maior produtor de milho, atrás dos Estados Unidos e da China. Na safra 2021/22, o cultivo do cereal no País alcançou 113,2 milhões de toneladas, representando um incremento de 30,1% com relação ao ciclo anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As características que fazem com que a cultura seja uma das mais importantes do agronegócio nacional, responsável por até 80% da alimentação animal, passam por inúmeros fatores e, entre eles, boas práticas de adubação.
Em primeiro lugar, é importante salientar que antes dessa etapa há um aspecto fundamental que é a cobertura do solo. Isso significa a manutenção permanente de plantas vivas e/ou de restos culturais na superfície dele. Entre os benefícios, estão a estabilização da taxa de ciclagem de nutrientes, promoção da biodiversidade, preservação da umidade, redução de perdas de água e de solo por erosão, além do melhor manejo de pragas e redução de plantas daninhas.
Com o primeiro “dever de casa” feito, entra a fase da análise química e física do solo para que se conheça as exigências nutricionais da lavoura. Cada nutriente possui uma taxa diferente de translocação para os grãos, e o Nitrogênio (N), por exemplo, tem de 70% a 77%. A sua necessária incorporação, portanto, irá contribuir com a devolução para a safra posterior.
Em função da crescente preocupação com a sustentabilidade do agronegócio, tem sido fomentada a necessidade de maior racionalidade na tomada de decisão na aplicação de adubos. Com essa prática, feita de maneira fracionada e assertiva, é possível, segundo especialistas, promover mais sustentabilidade ambiental, dar melhor direcionamento aos recursos financeiros e obter maior produtividade.
Vinicius Vitturi, engenheiro agrônomo e especialista de produto e vendas da MP Agro Máquinas Agrícolas, destaca que na tomada de decisão do produtor sobre a necessidade de adubação nitrogenada, alguns fatores devem ser considerados. Condições edafoclimáticas, sistema de cultivo, época de semeadura, material genético, rotação de culturas, época e modo de aplicação, fontes de N e aspectos econômicos e operacionais estão entre eles. “Isso reforça a regra de que as recomendações de nitrogênio devem ser cada vez mais específicas e não generalizadas”, coloca.
Uma informação importante para otimizar a recomendação é ainda a mineralização de N no solo, ou seja, quanto é a perda do nutriente para o ambiente. Nessa conta também entra o que foi imobilizado (ganho) pela cultura de cobertura, quanto se precisa do elemento para atingir o rendimento projetado e a expectativa da eficiência de recuperação do N disponível de outras fontes, como a própria terra, resíduo de cultura ou fertilizante mineral.
Um conceito muito aplicado, de acordo com o agrônomo, é o parcelamento do nitrogênio para maior absorção pela planta e também pela menor perda por lixiviação no perfil do solo e por solubilização para a atmosfera. No entanto, a recomendação não deve ser generalizada. “Devido à complexidade da dinâmica do N, fortemente influenciada por fatores ambientais e bióticos, não há possibilidade de determinação efetiva do nível desse nutriente nas áreas, consequentemente, não podemos generalizar a recomendação de tal prática”, explica.
Por outro lado, o profissional pontua que a aplicação de N em cobertura quase sempre assegura incrementos significativos no rendimento de milho, independentemente da precipitação pluvial ser normal ou excessiva, principalmente no período inicial de desenvolvimento da cultura. “Conforme o agrônomo responsável vai cuidando dessa lavoura, vai entendendo quando é melhor adubar. Quando há mineralização muito alta, fraciona e espera a planta absorver e vai repetindo conforme o nível de perda. Mas se há baixa mineralização, pode-se aplicar uma vez no meio da safra e é suficiente muitas vezes”, comenta Vitturi.
A utilização de equipamentos autopropelidos para a adubação sólida pode proporcionar ganho expressivo. Isso porque o uso do rastro do pulverizador evita o amassamento excessivo, “podendo gerar até 4% de ganho por hectare”, conforme o especialista. Além disso, possibilita o parcelamento da aplicação em momentos propícios de maior absorção e uso vegetal, favorecendo um manejo mais assertivo em busca de altas produtividades.
É o caso da Linha Z da MP Agro, conhecida por transformar pulverizadores autopropelidos já defasados em eficientes distribuidores de fertilizantes. Capaz de gerar uma economia de até 85% em relação à compra de um autopropelido novo, a Linha Z de distribuição a lanço tem inúmeras vantagens. Além de ser produzida com material 100% inox, ideal para combater o efeito da abrasão e corrosão dos produtos químicos e do ambiente, dar facilidade de limpeza e assepsia, tem compatibilidade com todos os modelos e marcas de pulverizadores existentes.
“Temos o diferencial de preço, de custo/benefício, e basta o produtor verificar se o seu sistema automotriz atual está em boas condições. A instalação é feita por técnicos da fábrica da MP Agro e leva apenas um dia. O uso do autopropelido para distribuição a lanço ajuda no desenvolvimento da planta, mesmo em estágios avançados e evita maior amassamento”, finaliza o engenheiro.