A cooperação entre os mercados de Brasil e Bangladesh deve impulsionar o algodão brasileiro, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel. Ele foi um dos representantes dos setores econômicos exportadores nacionais que participaram da assinatura do Memorando de Entendimento entre a Apex-Brasil e a Federation of Bangladesh Chambers of Commerce & Industries (FBCCI), instituição bengalesa equivalente à agência de fomento nacional.
A expectativa da Apex e da FBCCI, com o acordo de cooperação, é de promover, fortalecer e dar visibilidade às relações comerciais entre os dois países. Atualmente, além do algodão, o Brasil é um fornecedor representativo de outras commodities, como açúcar, soja e minério de ferro. Já Bangladesh exporta produtos manufaturados para o Brasil, especialmente, têxteis.
De acordo com o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, no biênio 2024/2025, a indústria têxtil de Bagladesh deve dobrar em tamanho. “Vamos precisar de mais algodão. Hoje, estamos comprando a fibra do Brasil, África e Índia, e o memorando assinado aqui favorece o comércio entre nós”, afirmou. A FBCCI representa 80% das indústrias da iniciativa privada de Bangladesh, tem mais de 400 associados e cerca de 38 acordos bilaterais, como o firmado em Brasília.
“Atualmente, 42% de todo algodão licenciado pela Better Cotton vêm de lavouras brasileiras e 86% de toda a pluma produzida pelo Brasil são certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmark com a BCI”, disse Schenkel.