Publicado em 03/03/2015 09h18

MS: Carne bovina tem alta de até 10,7% em apenas um mês

Inflação do alimento decorre da trajetória de queda da oferta; ao menos, sete cortes ficaram mais caros
Por: Correio do Estado

bovina

Na gôndola do açougue se encerra um processo de alta, desencadeado a partir do comportamento das etapas anteriores da cadeia produtiva da carne bovina. A capacidade de reposição de bezerro piora, os custos na produção pecuária aumentam e os frigoríficos reduzem os abates. O resultado dessa equação é a menor oferta, que pressiona uma inflação no varejo, que chega a 10,71% em apenas um mês e a 38% no acumulado de um ano. A boa notícia é a tendência de estabilização ou, até mesmo, de deflação nos valores, em razão do desaquecimento do consumo. 

Em janeiro, o campo-grandense pagava a média de R$ 21,38 pelo quilo da alcatra e, neste mês, está desembolsando o valor médio de R$ 23,67 – majoração de 10,71%. A variação faz parte de levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômicas (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp. Outros cortes bovinos também encareceram no mesmo período, apresentando as seguintes variações (veja tabela acima): cupim (9,47%), contra filé (8,8%), músculo (8,33%), coxão mole (7,8%), patinho (5,24%) e acém (5,09%). 

Sazonalmente, a carne bovina fica mais barata no início do ano e alguns cortes deflacionam-se, ainda mais, em fevereiro. No entanto, apenas cinco cortes apresentaram quedas nos valores neste mês em relação ao anterior. Já em fevereiro de 2014 em relação a janeiro do mesmo ano, foram nove as peças que tiveram reduções de preços.