Há boas perspectivas para os preços da soja a partir deste ano de 2023, aponta o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Carlos Pacheco. De acordo com ele, há, pelo menos, dois fatores que dão sustentação a essa tendência.
O primeiro motivo elencado por ele é o aumento da demanda de soja em grão para a produção de biodiesel, que deverá crescer 50% sobre os atuais B10, para chegar ao B15 a partir já do próximo mês de março de 2023. O segundo fator apontado pelo especialista é a abertura do mercado chinês para o farelo brasileiro.
“Não adianta aumentar a demanda apenas para o óleo, porque o esmagamento produz óleo e farelo. Por isto, esta abertura para a exportação de farelo para a China é tão importante. O ideal é abrir mais mercados para o farelo que será produzido a mais no Brasil”, argumenta Pacheco.
Além do diretor da Consultoria TF Agroeconômica, quem também está otimista quando às perspectivas para o mercado do biocombustível é o Rabobank, instituição financeira que é especializada em commodities e agronegócio. “Eu acredito que o Brasil está muito bem posicionado e está muito competitivo. No médio prazo, em cinco anos poderemos ter um cenário positivo (para o biodiesel)”, ressalta a analista de Grãos e Oleaginosas do Rabobank Brasil, Marcela Marini.
O Rabobank projeta uma safra brasileira de soja em 165 milhões de toneladas para a temporada 2026/27. Isso representa um aumento de 10% na comparação com as cerca de 150 milhões de toneladas previstas para a próxima safra 2022/23.
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