O milho voltou a recuar levemente na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), já que tem muito milho disponível no Mato Grosso e em Goiás, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Muito embora as cotações do milho no mercado futuro de Chicago, que dão sustentação às nossas exportações, tenham avançado 0,32% nesta sexta-feira e o do dólar no Brasil tenha avançado 0,56% o suporte que estas variáveis ofereceram não foi suficiente para entusiasmar significativamente vendas dos agricultores no interior do país. Isto porque a maioria dos compradores externos já fecharam suas posições para dezembro janeiro e estão concentrados em fevereiro em diante”, comenta.
“E os compradores internos estão confortáveis, com a grande disponibilidade existente no país, que lhes permite nem fazer grandes estoques. O estado do Mato Grosso, por exemplo, o maior produtor brasileiro, que produzi sozinho mais que RS, SC e PR somados, só comercializou 18,82%, restando ainda 81,18% por ser comercializado. E Goiás, outro grande produtor brasileiro de milho, só comercializou até o momento 56,4% da sua safra, restando ainda 43,6% disponíveis para o mercado”, completa.
Assim, as cotações futuras fecharam em mistos no dia e em alta no comparativo semanal: “o vencimento janeiro/23 fechou a R$ 87,53 queda de R$ 0,02 no dia e alta de R$ 0,10 na semana (últimos 5 pregões); março/23/22 fechou a R$ 91,12, alta de R$ 0,08 no dia e de R$ 0,57 na semana e maio/23 fechou a R$ 90,41, queda de R$ 0,02 no dia e alta de R$ 0,21 na semana”, conclui a consultoria agroeconômica no encerramento de semana.