Um dos vegetais mais consumidos do mundo, a abóbora se destaca no mercado brasileiro muito por conta de ser uma variedade versátil, rústica, que apresenta características como altos níveis de produtividade, uniformidade e conservação pós-colheita. Essa é a abóbora tetsukabuto, um híbrido interespecífico de origem japonesa, que tem liderado a preferência de mercado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
O cultivo desse tipo de abóbora possui boa adaptabilidade às condições ambientais, boa aceitação de consumo, possibilidade de expansão de área de plantio, facilidade de produção e versatilidade de cultivo.
Produzida em todas as regiões do país, nas últimas décadas, a tetsukabuto tem se consolidado no Brasil Central, com destaque para as regiões produtoras de Jaíba/Manga (MG), São Desidério (BA), Paracatu (MG), Morrinhos (GO) e Pontalina (GO).
Minas Gerais desponta como o maior estado produtor desta abóbora, com aproximadamente 36 mil toneladas por ano e produtividade média de 15 toneladas por hectare. Mas se engana quem pensa que todo esse sucesso é apenas nacional. Com peso unitário, variando de 2,0 a 2,5 quilos, e diâmetro de 18 a 20 cm, as abóboras têm ganhado o mundo com exportações para diversos países da Europa.
De acordo com um artigo publicado pelos engenheiros agrônomos Ronaldo Machado Junior e Herika Paula Pessoa, a liderança comercial da abóbora tetsukabuto se deve a sua maior rusticidade, maiores níveis de produtividade, precocidade, uniformidade, textura, sabor e conservação pós-colheita superior ao que se observa em cultivares de polinização aberta.
Uma das principais diferenças deste tipo de abóbora está na produção, que necessita de plantas de outras espécies de abóboras ou morangas atuando como polinizadoras, sendo as abelhas as responsáveis pelo transporte de pólen entre os produtos. Essa necessidade se dá pois essa cucurbitácea apresenta plantas macho-estéreis, ou seja, as flores masculinas que não produzem pólen viável.
Além disso, esse tipo de abóbora oferece a ampla disponibilidade por todo ano, boa adaptabilidade às condições ambientais, boa aceitação de consumo, possibilidade de expansão de área de plantio, facilidade de produção e versatilidade de cultivo.
De forma geral, o cultivo da tetsukabuto é realizado durante todo o ano e os produtores evitam épocas mais frias, tendo em vista o regime de chuvas, altas temperaturas e luminosidade. Outro fator que justifica o sucesso deste híbrido é controle de pragas e doenças, que tem no bom manejo combinado ao uso de sementes sadias e ao transplantio um sistema que ajuda na diminuição de falhas no campo.
A colheita privilegia os frutos que apresentam sinais característicos de amadurecimento, o que se verifica por coloração, firmeza e textura de casca, realizada entre 85 a 100 dias após o plantio. Boa parte desta produção calculada chega ao mercado por meio de frutos processados, descascados, cortados e embalados, tudo isso com muita comodidade ao consumidor e um significativo valor ao produto.
Se a abóbora tetsukabuto é sinônimo de qualidade no mercado nacional, uma cultivar deste mesmo tipo tem se destacado entre os produtos da Agristar do Brasil. De origem japonesa, a abóbora Furusato, que integra a linha Superseed, já caiu no gosto dos produtores por conta de fatores que vão desde o vigor da planta até o peso do fruto.
Adaptável para produção em todo o país, ela se destaca pela rusticidade, uniformidade, ótimo pegamento e excelente tamanho de fruto, além de ter Minas Gerais com seu maior estado produtor. O especialista em Cucurbitáceas da Agristar, Rafael Zamboni, enfatiza que a única diferença na produção de outras regiões está no consumo, já que alguns mercados consumidores preferem outros tipos de abóbora.
“A polpa espessa é uma qualidade excepcional da Furusato, pois ela gera frutos com maior peso, o que agrega valor ao material e, consequentemente, um melhor retorno financeiro aos produtores”, acrescenta Zamboni.
No manejo ideal, os produtores conseguem produzir de dois a três frutos por planta, e a média de produtividade nacional é de 15 toneladas por hectare. Além disso, a Furusato se destaca pela excelente produtividade da abóbora durante todo o ano.
“A pós-colheita da Furusato, produto resistente à murcha de Fusarium, é excelente. A planta rústica e a casca firme permitem que a abóbora seja transportada por extensas distâncias e chegue ao destino com a mesma qualidade que foi colhida”, explica Zamboni.
No interior da Bahia, em João Dourado, os sócios Maciel Souza Marinho e Thiago Felipe Garcia de Araújo, produtores de abóbora Furusato atendidos pelo consultor Técnico da linha Superseed/TSV, Tassio Almeida, falam sobre as suas impressões da cultivar.
Para Marinho, o que chama mais atenção neste tipo de abóbora é a sua casca lisa, padronização, excelente qualidade, bom pegamento e a entrega em produtividade.
Já Araújo explica que gosta de plantar a Furusato porque ela responde muito bem ao manejo. “A quantidade de folhagem é ótima, porque protege a abóbora de ser queimada pelo sol, ao mesmo tempo ela tem um controle muito bom para oídio, um excelente pegamento de frutos, frutos muito pesados e alto rendimento”, finaliza.
