A semana que passou foi marcada por queda em Chicago diante da melhora do clima e da evolução do plantio na América do Sul. O contrato com vencimento em janeiro/2023, fechou a sexta-feira valendo U$14,27 o bushel (-1,65%) e o com vencimento em março/2023 fechou no campo negativo, valendo U$14,32 o bushel (-1,65%).
A safra 2022/23 na América do Sul teve uma semana bem positiva. No Brasil, o plantio atingiu 66% a nível nacional, de acordo com o boletim publicado no dia 16/11 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar da diminuição das precipitações em algumas regiões do Mato Grosso, não houve prejuízos ao desenvolvimento inicial da cultura, assim, o plantio de soja na região chegou perto da conclusão, com 97,4% das áreas projetadas.
Em Minas Gerais, o retorno das chuvas permitiu o avanço no plantio, que alcançou 52% da área. Segundo o analista de mercado da Grão Direto, em contrapartida, no estado de Goiás, o tempo seco diminuiu o ritmo de plantio em alguns municípios, atingindo 61% da área projetada.
No país vizinho, a Argentina, finalmente as condições climáticas melhoraram, o que permitiu a continuidade do plantio. A ausência de chuva desde meados de maio trouxe alívio aos produtores, mesmo não mudando o cenário de seca a médio prazo.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou, no dia 17/11, que foi semeada apenas 24% da área de soja, contra 80% na mesma época de 2021. Apesar das perdas serem inevitáveis devido ao atraso do plantio, o país ainda pode trazer uma safra bastante significativa.
Além disso, a colheita norte-americana segue em ritmo acelerado e à frente dos números do ano passado. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a colheita de soja atingiu 96% da área plantada. Com isso, está 5% à frente do mesmo período do ano passado. Isso trouxe um certo alívio ao mercado.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 4 a 10 de novembro, as vendas de soja 2022/23 norte-americana ficaram em, aproximadamente, 3,03 milhões de toneladas, totalizando 35 milhões até o momento. A expectativa é que o programa de exportação feche o ano acima de 55 milhões de toneladas.
No mais, a moeda americana teve uma semana de continuidade na valorização, fechando, na sexta-feira, a R$5,37 (+0,77%). As incertezas econômicas internas ainda continuam diante da apresentação da “PEC da Transição” ao Congresso. Nesse cenário, o país tende a se endividar de forma insustentável, fortalecendo o processo inflacionário no Brasil caso não corte gastos em outros setores.
Mesmo com a alta do dólar, as cotações brasileiras tiveram desvalorizações, refletindo a queda mais acentuada de Chicago.
Esta semana será mais curta em Chicago por conta do feriado de Ações de Graças, na quinta-feira, dia 24. A permanência de chuvas em praticamente todo território Nacional deverá favorecer a evolução do plantio no Brasil nos próximos 7 dias. Nesse sentido, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) projeta chuvas volumosas para Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Espírito Santo.
Por outro lado, as precipitações da última semana na Argentina não terão a mesma intensidade nesta semana, com exceção do norte do país, mantendo a preocupação com a continuidade do plantio. Esse cenário contribui para a queda de Chicago, considerando que o atraso do plantio na Argentina já é sabido pelo mercado.
Além disso, o mercado continuará monitorando a China, aguardando posicionamento mais firme de compras nesta semana. Caso se mantenha, deverá provocar alta a curto prazo nas cotações de Chicago.
Em relação ao dólar, a moeda continuará sendo fortemente influenciada por incertezas econômicas internas, podendo ter mais uma semana de muita volatilidade. Caso o cenário de incertezas continue, poderá haver mais uma semana de valorização da moeda americana frente ao real. Ainda sob o risco de uma recessão mundial, nesta semana, haverá reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nos EUA, sendo um sinalizador para o próximo aumento da taxa de juros americana.
Ruan Sene, analista da Grão Direto, acredita que a continuidade da valorização do dólar nesta semana será um contrapeso nas cotações brasileiras, diante da possibilidade de continuidade da queda em Chicago, podendo ter uma semana de leves valorizações.
A demanda interna continua aquecida, porém o volume de oferta ainda é grande. Isso vem pressionando as cotações do mercado físico, que fechou a semana com leve desvalorização. Já Chicago fechou a semana valendo $6,67 por bushel (+1,52%) e o dólar com alta de 0,77%, valendo R$5,37. De acordo com a maior plataforma de grãos da América Latina, Grão Direto, esse cenário torna a exportação mais atrativa.
O principal motivador dessa alta foi o ataque de míssil russo à fronteira entre Ucrânia e Polônia, atingindo dois poloneses. Dessa forma, a renovação do acordo de exportação de grãos entre Rússia e Ucrânia que, em tese, aumentaria a oferta do produto no mundo, não foi suficiente para mudar esse cenário.
Em relação à safra 2022/23 no Brasil, o plantio segue evoluindo, visto que em Minas Gerais o plantio avançou 52%. No estado, as regiões Noroeste e Alto Paranaíba recuperaram o atraso devido à baixa umidade do solo na semana anterior, seguindo Goiás, onde a semeadura já atingiu 61%.
De acordo com o boletim publicado no dia 16/11 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio do milho já alcançou 53,9% no Brasil, apesar de estar lento, devido à priorização no cultivo da soja.
Além disso, as exportações seguem bastante aquecidas no Brasil, uma vez que, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no seu boletim divulgado na segunda-feira (14/11), nos primeiros 8 dias úteis de novembro, o Brasil já exportou cerca de 96% do volume exportado em todo mês de novembro de 2021, que foi de 2,39 milhões de toneladas.
A média diária de embarques teve uma elevação de 127,2%, ou seja, 286.076 toneladas em novembro de 2022 contra 125.922,2 no mesmo período de 2021. Caso se mantenha essa média diária durante todo mês, novembro tem possibilidade de superar 5,5 milhões de toneladas.
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio no Brasil nesta semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) projeta chuvas volumosas para Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia e Espírito Santo.
Por outro lado, as precipitações da última semana na Argentina não terão a mesma intensidade nesta semana, com exceção do norte do país, mantendo a preocupação com a continuidade do plantio do cereal, que está bastante atrasado.
O mercado interno deverá continuar comprando, fazendo concorrência para o mercado de exportação, que se encontra bastante atrativo nesse momento, principalmente pela valorização do dólar.
Além disso, a continuidade do movimento de esvaziamento do estoque dos armazéns para fazer manutenções de suas estruturas, para começar a receber a safra 2022/23, vai continuar sendo um contrapeso nas cotações.
Ruan Sene, analista da Grão Direto, acredita que as cotações brasileiras poderão ter uma leve valorização, em relação à semana anterior, prevalecendo o movimento de demanda interna e externa no Brasil.
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