Publicado em 14/11/2022 13h48

Picsel, insurtech agro, anuncia contratação de CEO

Com grande experiência no segmento de seguros, o executivo Vitor Ozaki, com larga experiência em consultorias, passagem pelo Ministério da Agricultura e especialização nos EUA, tem como desafio levar a empresa ao faturamento de R$ 80 milhões em cinco anos. Além disso, quer ampliar a atuação no mercado reduzindo os riscos para a seguradoras e resseguradoras
Por: RuralPress - Assessoria de imprensa

Presente no mercado a pouco mais de um ano, a Picsel, uma insurtech especializada no agronegócio, que conta com um time formado por profissionais com mais de 30 anos de experiência tem planos ambiciosos de crescimento. A plataforma digital baseada em inteligência artificial, geotecnologia e modelagem agrometerológica tem o objetivo claro de atuação: potencializar as contratações de seguro agrícola, com mais segurança e confiabilidade para as seguradoras e resseguradoras.  Para avançar nessa estratégia, foi anunciado Vitor Ozaki como CEO, que chega com o desafio de levar o faturamento da empresa para R$ 80 milhões em cinco anos.

Vitor Ozaki , novo CEO da Picsel

O foco do executivo será tornar a marca, que já se destaca por ser a única solução de ponta a ponta totalmente digital, integrada e de fácil utilização pelos clientes, em uma das principais insurtechs de tecnologias focadas no seguro agrícola. “Temos a certeza que a nossa solução é disruptiva, resolvendo dores reais e muito importantes do mercado. Juntamente a isso, vislumbramos, daqui para frente, um crescimento muito forte no segmento de seguro agrícola no Brasil”, destaca.

Segundo o CEO, um dos maiores problemas do mercado foram os prejuízos das seguradoras e resseguradoras, que alcançaram a casa dos R$ 5 bilhões em 2021. Entretanto, até julho deste ano, as perdas acumularam pouco mais de R$ 7 bilhões em indenizações. “É um volume enorme de dinheiro que foi pago de indenização. Claro que esse é o grande benefício do seguro, mas ao mesmo tempo, isso acendeu a luz amarela para o mercado e muitas empresas começaram a rever os processos, procedimentos, produtos e até mesmo sua própria atuação no segmento agro”, afirma.  

As resseguradoras também sentiram o impacto e muitas estão reduzindo a capacidade das seguradoras, fechando carteiras agro não só no Brasil, mas a nível mundial. Por isso, segundo o executivo, nesse momento de muito estresse e nervosismo no mercado, soluções como as da Picsel que levam eficiência operacional, tecnológica e comercial para o mercado, serão fundamentais nessa mudança de modelo atual.

Em outras áreas, como setor de tecnologia, automobilístico, médico, por exemplo, essa mudança é uma realidade e o agro começa a mudar na mesma direção. “Somos precursores dessa virada de chave. Claro que toda mudança traz desafios, e olhando para esses desafios que eu estou chegando para conduzir a Picsel”, diz o CEO. “Além disso, todo esse cenário me motiva, temos algo que não existia no mercado. Será uma grande oportunidade de colocar toda minha expertise e experiência para ajudar a estruturar essa tecnologia de forma viável com uma solução completa”, acrescentou.

Perfil do executivo

O CEO da Picsel tem o agronegócio correndo nas veias. Ele que é neto de produtor sabe muito bem a importância do seguro rural. Isso porque seu avô, imigrante japonês, quando chegou ao Brasil arrendou terras e iniciou o plantio e venda de tomate no Vale do Paraíba. Com o tempo, ampliou a produção e passou a fornecer seus produtos para os comércios, até da capital paulista. Tudo corria muito bem até que uma forte chuva de granizo acabou com a lavoura e o fez perder tudo. “Após esse triste acontecimento, o meu avô não conseguiu mais se reerguer e acabou falecendo muito jovem, aos 52 anos”, lembra Ozaki.

Este fato ficou na memória da família do executivo e inconscientemente em sua também, e foi em 1997, quando pouco se sabia sobre gestão de risco, que ele na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba/SP decidiu estudar mais sobre seguro agrícola. Como no Brasil havia pouco conhecimento sobre essa modalidade, no ano de 2000 foi fazer doutorado para se aprofundar no tema.

Foi um dos primeiros a sair do país em um programa de especialização nos Estados Unidos, país este que até os dias de hoje têm o maior programa de seguro agrícola do mundo, são aproximadamente U$S 10 bilhões de prêmio anual. “Trabalhei com os principais especialistas na área de precificação de risco do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na área de seguro agrícola especificamente”, afirmou o especialista.

De volta ao Brasil em 2005, ele deu início a sua trajetória no setor com as pesquisas, e também projetos de consultorias. Além disso, orientou alunos em mestrados, doutorados, pós-doutorados, fez intercâmbios, participou de congressos nacionais e internacionais, sempre discutindo o tema. Em 2015 surgiu o convite para assumir a diretoria do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura, onde ficou até 2018. “Foi uma grande escola onde tive a oportunidade de conduzir a política agrícola, como se executa, como se trabalha com orçamento público e principalmente como se dialoga com todos os setores do agro”, lembra o executivo.

Após a experiência no Ministério retornou para a Esalq/USP onde se dedicou à inovação e startups. “Tive a oportunidade de acompanhar bem de perto desde o começo o surgimento da Picsel. Quando recebi o convite para ingressar como principal executivo foi uma grande satisfação, pois tinha certeza que poderia contribuir com toda minha experiência”, revelou Ozaki.

De olho no futuro

Entre as primeiras medidas do executivo, está a preocupação com a governança, algo fundamental em uma jovem empresa de tecnologia. Segundo ele, uma reestruturação é fundamental no sentido de preparar a empresa para o futuro, ou seja, pensar na chegada de novos colaboradores altamente preparados e qualificados para compor o atual time que apresenta grande desempenho.

Outro foco será a área estratégica, mapear os rumos, as oportunidades e desafios no futuro próximo. A ideia é fazer uma projeção para os próximos cinco anos. “Do ponto de vista externo, queremos ampliar o relacionamento com os clientes e também com os investidores. Além disso, precisamos potencializar as vendas dos nossos clientes em qualquer região do Brasil, oferecendo um produto customizado precificando corretamente cada risco”, detalha Ozaki.

Solução completa

Diferentemente da forma que ocorre hoje, em que existe uma grande dificuldade em digitalizar todo o processo e acoplar novas ferramentas aos sistemas existentes nas companhias, a tecnologia da Picsel traz uma jornada digital completa, desde a cotação até a gestão dos sinistros.

Por meio da plataforma, os clientes podem ter acesso a inteligência e geração de dados próprios que mostram o risco por propriedade rural. Importante destacar que hoje, as companhias utilizam majoritariamente os dados municipalizados do IBGE como base de informação para o desenho dos produtos e precificação.

Na prática, a insurtech permite que os produtos (seguros) sejam customizados e a precificação seja proporcional ao risco de cada cliente. Para isso, utiliza imagens de diversos tipos de satélite com alta resolução, interligados aos dados climáticos, amostragem de solo, com especificação de genética de cada cultivar, alinhado ao manejo de cada produtor. O que oferecemos aos nossos clientes é uma solução que responda as suas dores e que seja simples ao mesmo tempo.

 

 

 

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