O consumo do camarão tem se popularizado no Brasil. Para atender as demandas futuras é necessária também maior oferta da proteína. Em 2021, o País produziu 150 mil toneladas do crustáceo, segundo estimativa da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). Esse resultado sinalizou crescimento de 38% em relação ao ano anterior, que foi de 112 mil toneladas. Uma maneira de alavancar ainda mais esse cenário é o cultivo protegido, diferente do sistema extensivo comumente utilizado e realizado em tanques a céu aberto. A estratégia que tem ganho cada vez mais espaço é a criação em bioflocos, um sistema intensivo com alta população de animais em estufas plásticas.
O Grupo Nortène, especialista na fabricação de geossintéticos, tem um portfólio completo para projetos em carcinocultura. Para atender a demanda dos criadores de sistema intensivo, vai lançar uma nova linha de filmes, batizada de “Maxilux”, durante a Feira Nacional do Camarão (Fenacam), que acontecerá de 16 a 18 de novembro em Natal/RN.
Segundo Sueyde de Oliveira Braghin, engenheira agrônoma e membro da equipe técnica na Nortène, este tipo de manejo foi desenvolvido para controlar a doença da Mancha Branca, responsável pela redução drástica de produtividade de muitos viveiros, a qual é favorecida por variações na temperatura da água e períodos de baixa temperatura. “A grande dificuldade no modelo tradicional é o controle das condições climáticas diurna-noturna, pois a temperatura da água não deve sofrer grandes oscilações. Nesse ambiente, as estufas funcionam como um isolante térmico, que mantém a temperatura dentro do sistema estabilizada e consequentemente tem-se uma menor incidência da doença”, destaca.
Por isso, criar camarões em um ambiente controlado garante melhores resultados zootécnicos, como já pode ser visto nas principais fazendas do país alguns viveiros cobertos com estufa.
Pensando em uma das características que precisa ser levada em conta antes de optar pelo modo de criação do camarão, principalmente dentre as principais regiões produtoras, como o Nordeste do País, é o excesso de radiação durante o dia e consequentemente aquecimento da água.
O filme mais indicado neste caso é o difusor, que faz o espalhamento da luz dentro do ambiente, e com isso auxilia na redução de temperatura comparado com o transparente. A Nortène então lança o Maxilux HP Difusor Antiestético, que possui uma transmissão de 86% e difusão de 45%, amenizando os impactos desse ambiente para os criatórios.
Indicado também para a região Nordeste, a empresa coloca no mercado o filme Maxilux HP Resfriamento, com diferencial de aditivos em sua composição capazes de filtrar a luz que passa para dentro da estufa. “Com isso, ele bloqueia a passagem de luz na faixa do infravermelho, a qual é responsável pelo aquecimento do ambiente. Reduzindo a temperatura em aproximadamente 3oC durante o dia em comparação com filmes comuns”, salienta Sueyde.
Fique de olho
Além do modelo correto da estrutura de estufas, é importante se atentar aos materiais utilizados para a fabricação do tanque de produção e na cobertura da estrutura, como o filme plástico, tela de sombreamento e geomembrana. “Devemos ficar atentos naqueles materiais que melhor se adaptam ao clima da região, das necessidades do cultivo bem como ao microclima que deverá ser formado para melhorar produtividade, qualidade e rentabilidade”, pontua a especialista da Nortène.
Estudos demonstram que os filmes plásticos e telas de sombreamento não representam mais que 5% no custo total do projeto de ambiente protegido, porém, a escolha inadequada dos tipos existentes, pode comprometer em até 40% a produtividade e qualidade final. “Por essa razão, é muito arriscado economizar ou escolher de forma aleatória os tipos de filmes plásticos e telas existentes. Sempre é importante consultar empresas e profissionais especializados para construir o ambiente protegido mais favorável ao cultivo”, completa a engenheira.
Além do filme plástico na cobertura, faz-se necessário muitas vezes trabalhar com telas de sombreamento concomitantemente para reduzir a entrada de radiação durante um período do dia e também a perda de calor no período noturno, a fim de diminuir a oscilação térmica. “Este sombreamento pode ser com uma tela preta de diferentes porcentagens de sombreamento, de acordo com a incidência de radiação local, pois quanto mais fechada a tela, menor a passagem de luz, e consequentemente tem-se uma redução na temperatura interna. Neste segmento temos tanto a tela de monofilamento Sombrax, como as telas de fita Multisombra”, diz a profissional da Nortène.
Sueyde acrescenta ainda, que é importante que o produtor não se esqueça da qualidade do revestimento do tanque de criação, e deixa como opção a Polimanta Agro da Nortène, que oferece segurança e qualidade na atividade.
A Fenacan é realizada há 18 anos e conta nesta edição com eventos técnicos, científicos e empresariais, tendo sempre como característica, superar as edições anteriores e manter a tradição de ser o evento que melhor representa os segmentos da carcinicultura, piscicultura e malacocultura brasileira. A programação contempla: XVIII Simpósio Internacional de Carcinicultura; XIV Simpósio Internacional de Aquicultura; XVII Festival Gastronômico de Frutos do Mar; XVII Sessões Técnicas e Científicas – Aquicultura e Carcinicultura e a XVII Feira Internacional de Serviços e Produtos para a Aquicultura. Mais informações em http://www.fenacam.com.br/.
A Nortène estará com uma equipe de profissionais no estande durante o evento. “Estamos esperando os visitantes para conhecer nossas novidades para o setor e ainda será possível sanar dúvidas sobre as soluções”, finaliza a engenheira.