A adulteração do produto pode ser identificada em tempo rápido e de forma muito precisa com a utilização da tecnologia de Ressonância Magnética. É o que tem demonstrado a startup FIT (Fine Instrument Technology), que desenvolveu o equipamento de Ressonância Magnética SpecFit, em parceria com a Embrapa Instrumentação. O aparelho é capaz de determinar a presença de gorduras vegetais e outros componentes adicionados à manteiga em 60 segundos, sem gerar resíduos, uma vez que não utiliza produtos químicos, e sem a destruição da amostra, sendo também possível realizar análises do produto dentro da embalagem original e sem abertura de lacre, em um dos modelos do aparelho.
Os casos recentes de adulteração da manteiga em fábricas localizadas em Minas Gerais deflagraram uma operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para identificar fraudadores. “Os métodos tradicionais para identificar as fraudes, contudo, são demorados e custosos e exigem uma estrutura laboratorial complexa, assim como mão de obra qualificada”, avalia Silvia Azevedo, CEO da FIT. “Já o aparelho SpecFITt possibilita análises nos locais de fabricação ou comercialização dos produtos”, destaca.
O diretor de Tecnologia da FIT, Daniel Consalter, lembra que a tecnologia é reconhecida por normas como a ISO, AOCS e AOAC para outras medidas, o que comprova a precisão e acurácia da técnica. Além disso, o equipamento requer pouca ou nenhuma preparação para o manuseio.
Além de identificar a adulteração do produto, a tecnologia de Ressonância Magnética ajuda o fabricante a ter um melhor controle sobre o processo de produção e a qualidade do produto. Os sócios da FIT, Silvia Azevedo e Daniel Consalter, destacam que as empresas que utilizam esta tecnologia para o controle de produção relatam aumento de eficiência e acesso a informações que auxiliam na tomada de decisões, refletindo em ganhos financeiros consideráveis.