As cotações de Chicago fecharam a semana anterior com altas expressivas. O contrato com vencimento em novembro/2022 finalizou a sexta-feira valendo U$14,51 o bushel (+4,69%) e o com vencimento em março/2023, U$14,70 o bushel (+4,40%), também positivo. Essa alta foi motivada principalmente após a Rússia informar que não renovaria o acordo de exportação com a Ucrânia. Mesmo após rever a informação, as altas foram mantidas.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as vendas de exportação de soja norte-americana atingiram 830.200 mil toneladas entre 21 e 27 de outubro, ficando próximo da mínima esperada pelo mercado. Esse número veio aproximadamente 20% abaixo da semana anterior. Por outro lado, a colheita norte-americana evoluiu 8% em relação à semana anterior, atingindo 88% da área plantada, no dia 30/10, se mantendo acima da média histórica de 5 anos de 78%.
Em relação à safra 2022/23 no Brasil, o plantio segue evoluindo, visto que o plantio de soja de Mato Grosso alcançou 87,9% das áreas projetadas, seguido de Mato Grosso do Sul com 49%, e de São Paulo com 65%. A nível nacional, o plantio alcançou 47,6%, de acordo com o boletim publicado no dia 31/10 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Além disso, segundo a Companhia, cerca de 33,4% da produção encontra-se no estágio de emergência e 66,6%, em desenvolvimento vegetativo.
Além disso, a moeda americana teve uma semana de forte desvalorização, fechando a sexta-feira sendo cotada a R$5,06 (-4,53%). Assim, a semana foi marcada pelo aumento da taxa de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto porcentual, atingindo a faixa de 3,75% e 4,00% (o maior nível desde 2008).
Segundo o analista de mercado da Grão Direto, em contrapartida, o que prevaleceu foi o cenário interno, no qual a primeira semana após as eleições trouxe sinais de uma gestão que pode melhorar as relações comerciais do Brasil, atraindo capital estrangeiro para o país.
Com a queda expressiva do dólar, somado à alta expressiva de Chicago, o mercado brasileiro se manteve estável, porém com leve queda - quando comparado à semana anterior.
O clima na América do Sul vai continuar sendo o principal direcionador de preços em Chicago. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que os próximos sete dias serão marcados pela permanência das chuvas em praticamente todo Brasil, porém em menor volume nas regiões Centro-Sul. Este cenário contribui para a queda de Chicago.
Nesta semana, o USDA divulgará na quarta-feira (09/11), o Relatório de Oferta e Demanda Mundial (WASDE), o qual irá trazer novos números para o mercado. O relatório deve trazer um aumento da previsão de exportação, principalmente para China, o que poderá impulsionar a alta de Chicago.
Além disso, o mercado continuará monitorando a China, aguardando posicionamento mais firme de compras da China diante dos estoques historicamente baixos. Caso isso se confirme, deverá provocar alta a curto prazo nas cotações de Chicago.
No mais, o dólar poderá ter uma semana de muita volatilidade com continuidade de quedas, ainda refletindo o cenário de otimismo nas relações comerciais internacionais. O fluxo de entrada de capital estrangeiro deve continuar em alta, pressionando a moeda americana.
Ruan Sene, analista da Grão Direto, acredita que para essa semana, a continuidade da queda do dólar poderá permanecer anulando os ganhos de Chicago, desvalorizando os preços da soja no Brasil.
O início da semana foi marcado por muita oscilação no mercado de milho, influenciado, principalmente, após a Rússia informar que não renovaria o acordo de exportação com a Ucrânia. Por outro lado, a informação foi revista ao longo da semana, fazendo com o mercado devolvesse toda alta gerada pela notícia.
De acordo com a maior plataforma de grãos da América Latina, Grão Direto, as negociações entre Brasil e China para exportações do cereal brasileiro foram outro fato relevante durante a semana. Apesar de compras expressivas só acontecerem em 2023, o mercado viu a evolução do acordo como positiva, diante da alta demanda chinesa.
Em relação à safra 2022/23 no Brasil, o plantio segue evoluindo, uma vez que o plantio de milho alcançou 39,9% no Brasil. Assim, de acordo com o boletim publicado no dia 31/10 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Paraná segue liderando o plantio com 85%, seguido de Santa Catarina com 84% e Rio Grande do Sul com 78%. Ainda de acordo com a Conab, cerca de 24,3% da produção encontra-se no estágio de emergência, 74,1% em desenvolvimento vegetativo e, por fim, 1,6% em floração.
O alerta do atraso no plantio da Argentina ainda persiste, trazendo uma preocupação acentuada ao mercado. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) informou, no dia 03/11, que o plantio atingiu 22,9% da projeção total, avançando apenas 1,1% em relação à semana anterior. Além disso, as condições de lavouras boas ou excelentes caíram para 6%, contra 82% do mesmo período da safra passada.
Em relação às vendas para exportações no Brasil, o mês de outubro foi bastante expressivo. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), houve um aumento aproximado de 320% em relação ao mês de outubro de 2021, atingindo volume próximo a 7,2 milhões de toneladas (o segundo mês mais expressivo do ano até o momento). Em contrapartida, a importação teve um decréscimo aproximado de 20% em relação a outubro do ano passado.
Por falar em exportação, Chicago finalizou a semana perto da estabilidade com alta de 0,15%, encerrando a semana valendo 6,80 dólares por bushel. Já o dólar teve uma semana de forte desvalorização, fechando a sexta-feira sendo cotado a R$5,06 (-4,53%).
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio no Brasil nesta semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que os próximos sete dias serão marcados pela permanência das chuvas em praticamente todo Brasil, porém em menor volume nas regiões Centro-Sul. Por outro lado, também aponta para chuvas mal distribuídas na Argentina, aumentando o interesse do milho brasileiro.
No cenário interno, há indícios da volta das indústrias nacionais ao mercado com a aproximação da chegada das festas de final de ano, diante do término de seus estoques constituídos de compras em agosto, no momento da colheita. Isso é um fator significativo na valorização do cereal.
Além disso, o Brasil segue sendo o principal fornecedor de milho para o bloco europeu, aproveitando-se das incertezas na Ucrânia. Ruan Sene, analista da Grão Direto, acredita que esse cenário direciona o interesse internacional pelo milho brasileiro, podendo aumentar significativamente as exportações e, consequentemente, valorizar as cotações.
Diante disso, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de valorização em relação à semana anterior.
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