Publicado em 25/02/2015 09h10

Rodovias do Paraná têm 46 pontos de interdição nesta terça-feira

São 20 trechos em rodovias federais e 26 pontos de bloqueio em estradas estaduais. Segundo os caminhoneiros, manifestação não tem data para acabar.
Por: AgroGP

caminhao

O sétimo dia de protestos dos caminhoneiros começou com 36 trechos bloqueados nas rodovias estaduais e federais do Paraná e ao longo da manhã chegou a 46 interdições, 26 em rodovias estaduais e 20 em estradas federais que cortam o estado. As manifestações, que começaram de forma isolada em estradas do Paraná e de Santa Catarina, se espalharam para outros estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. De acordo com a categoria, a paralisação não tem data para acabar. 

O movimento já começa a comprometer o abastecimento de combustível e outros produtos em municípios do interior do Paraná e em cidades de Santa Catarina e Mato Grosso. Em praticamente todos os pontos, os bloqueios impedem apenas a passagem de caminhões. Os caminhoneiros protestam contra os baixos preços do frete e os custos com combustíveis, que vêm pressionando a margem de operação, principalmente dos profissionais autônomos. 


Interdições 

Nas rodovias federais são 20 pontos de bloqueio: BR-163, Km 32, em Santo Antônio do Sudoeste; Br-277, Km 338, em Guarapuava; BR-369, km 178, em Arapongas; BR-376, KM 245, em Apucarana; BR-376, Km 295, em Mauá da Serra; BR-376, Km 187, em Marialva; BR-373, km 478, em Coronel Vivida; BR-163, Km 284, em Marechal Cândido Rondon; BR-376, Km 137, em Nova Esperança; BR-369, km 83, em Cornélio Procópio;BR-158, Km 204, em Peabiru; BR-272, km 364, em Campo Mourão; BR-369, km 158, em Mamborê; BR-369, Km 158, em Londrina; BR-467, Km 76, em Toledo; BR-277, km 518, em Guaraniaçú; BR-277, km 452, em Laranjeiras; BR-376, km 137, em Nova Esperança; BR-376, km 490, em Ponta Grossa; BR-277, km 238,8, em Irati. 

Na manhã desta terça-feira, a Polícia Rodoviária Federal desbloqueou o trecho da BR-163, na altura do Km 86, em Capanema, na Região Sudoeste do Paraná. O trecho estava interditados por cerca de 50 caminhões há um dia. Os veículos aguardavam a liberação nos pátios dos postos de combustíveis da região. Na mesma rodovia, foram desbloqueados, já no final da tarde, trechos interditados nos quilômetros 86,64 e 32. 
Repar 

Por volta das 11h30, os caminhoneiros bloquearam os dois sentidos da BR-476, no Km 150, em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) negociou com os manifestantes e conseguiu liberar a pista por volta das 13 horas. 

As rodovias estaduais têm 26 trechos bloqueados: PR-420, Km 42, em Pien; PR-466, km 91 e 100, em Jardim Alegre; PR-323, km 36, em Sertanópolis; PR-491, trevo, Marechal Cândido Rondon; PR-317, Km 467, em Santa Fé; PR-218, KM 254, em Astorga; PR-170, Km 381, em Guarapuava; PRC-487, Km 295, em Manoel Ribas; PR-466, Km 179 e 180, em Pitanga; PRC-280, Km 130, em Palmas; PR-281, Km 467, em Chopinzinho; PR-182, Km 459, em Realeza; PRC-158, Km 528, em Vitorino; PR-193, Km 32, em Itapejara do Oeste; PR-566, KM 12, em Itapejara do Oeste; PRC-280, Km 175, em Clevelândia; PR-281, kms 535 e 540, em Dois Vizinhos; PRC-280 km 194, em Mariápolis; PRC-280, km 255, em Marmeleiro; PR-471, km 222, em Nova Prata do Iguaçu; PR-562, km 85, em São João; PR-483, km 001, em Francisco Beltrão; PR-180, km 541, em Francisco Beltrão; PR-160 km 53, em Cornélio Procópio; e PR-281, km 254, em Astorga; e PR-180, km 471, em Francisco Beltrão. 


Gasolina 

Após sete dias de protestos, municípios do estado começam a sofrer com o desabastecimento. Em Londrina, vários postos estão com escassez de combustíveis nas bombas, principalmente de etanol, segundo informações do Jornal de Londrina. Diante da falta de combustíveis, o preço também vem sendo reajustado por alguns donos de postos da região. Em um estabelecimento de Arapongas, o litro da gasolina era vendido a R$ 4,499 na manhã desta terça-feira (24), de acordo com reportagem publicada pelo JL. 


Lideranças aguardam retorno do governo 

Segundo a Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (Fenacat), os caminhoneiros ainda aguardam retorno do governo para diálogo sobre as reivindicações entregues no último dia 11 em reunião das lideranças com o Secretário Geral da Presiência da República Miguel Rossetto. O presidente da entidade Luiz Carlos Neves afirma que a redução dos impostos e do preço do diesel pode ser um primeiro passo para encerrar as manifestações e iniciar uma negociação e chegar a uma tabela fixa de frete. Sobre o abastecimento dos postos de combustível e de supermercados e indústrias, que foi prejudicado em estados como o Paraná e São Paulo, Neves diz que “a orientação é fazer o que é necessário. Não queremos prejudicar a população, e se o governo se preocupa com a população e os transportes, precisa sinalizar uma negociação”. Segundo ele, 25 lideranças estiveram na reunião no Planalto, representando 55 entidades, entre federações, sindicatos e outras. 
Bloqueio de cargas prejudica supermercados no interior 

Segundo a Associação Paranaense de Supermercados, filiados do sudoeste, principalmente nas cidades de Francisco Beltrão e Pato Branco, já comunicaram a falta de produtos nas prateleiras, principalmente no caso das lojas de rede, que dependem de centros de distribuição. A assessoria da entidade afirmou que, além dos perecíveis, outros produtos começam a se esgotar e os empresários têm tido que alterar ofertas e valores. Segundo eles, só a liberação de carga viva e perecíveis não é suficiente, já que os produtores agropecuários podem ficar sem ração para os animais e outros produtos essenciais. Em Curitiba e RMC ainda não houve reclamações.