O problema é que os grevistas estão impedindo a circulação de produtos do campo (leite, aves, suínos, grãos, frutas e hortigranjeiros) para processamento nas agroindústrias e, também, a remessa de insumos (rações, pintinhos, leitões) das agroindústrias para os produtores rurais.
Somente no oeste circulam diariamente 6 milhões de litros de leite, 3 milhões de frangos e 20 mil suínos que formam a base da economia regional, mas esse fluxo foi interrompido pela greve. Nesta terça-feira paralisam pelo menos cinco frigoríficos e, na quarta-feira, praticamente todo o parque agroindustrial vai parar por falta de insumos.
Pedrozo observa que entidades representativas do setor primário apóiam formalmente os grevistas, mas, por suprema incoerência ou insensibilidade, os produtores rurais são diretamente os mais prejudicados. Adverte que há risco de êxodo rural iminente.
Um risco muito grande é que a falta de ração no campo provoque canibalismo entre os planteis e crie problemas sanitários que afetem a privilegiada condição sanitária de Santa Catarina (área livre de aftosa sem vacinação). Essa seria a maior desgraça econômica para o setor produtivo. Por isso, Pedrozo fez um apelo para que os caminhoneiros encerrem a greve.