Publicado em 12/05/2022 20h49

Empresa estatal produtora de fosfato de Marrocos quer ampliar investimentos no Brasil

Marrocos é o segundo maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados, responsável por cerca de 17 % da produção global.
Por: Mapa - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento

Companhia Office Chérifien des Phosphates (OCP), empresa estatal produtora de fosfato do Marrocos, poderá realizar investimentos no Brasil e colaborar com o Plano Nacional de Fertilizantes. Em reunião com integrantes da missão oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o CEO da empresa, Mostafa Terrab, assegurou ao Ministro Marcos Montes a intenção de instalar uma unidade processadora de fosfato no Brasil. 

A OCP, que atualmente é a maior fornecedora de fósforo para o Brasil, é detentora de cerca de 70% das reservas mundiais de rocha fosfática e tem participação de 31% do mercado mundial de produtos de fosfato. A empresa já atua no Brasil desde 2010, com sete escritórios.

Segundo o ministro Marcos Montes, a visão de futuro apresentada pela empresa encontra total sinergia com as metas do Brasil para a sustentabilidade e segurança alimentar mundial. 

“Temos essa responsabilidade conjunta, tanto essa empresa, que é detentora maior reserva de fosfato do mundo, como o Brasil, que tem uma extensão de terra e tecnologia científica forte para produzir alimentos para o mundo”, disse. 

A reunião também contou com a participação do adido agrícola do Brasil em Rabat, Nilson Guimarães. 

Marrocos é o segundo maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados, responsável por cerca de 17 % da produção global. Em 2021, o Brasil importou mais de US$ 1,6 bilhão em fertilizantes do Marrocos. 

Parceria científica 

Em Marrocos, também foi discutida uma parceria entre a Embrapa e a Universidade Politécnica Mohammed VI (UM6P), importante universidade do Marrocos. O presidente da Embrapa, Celso Moretti, faz parte da comitiva. 

As duas entidades possuem várias estratégias convergentes de aplicação de tecnologias agrícolas, que apontam para um grande potencial de cooperação entre os países, incluindo a utilização de bioinsumos em complementação ao uso dos fertilizantes clássicos.