Publicado em 11/04/2022 18h58

Agronegócio, agroindustrialização e investimento público direto formam tripé que impulsiona o PIB de MS

A economia de Mato Grosso do Sul navega em águas positivas de índices de crescimento robustos e deverá manter projeções otimistas neste ano.
Por: Semagro - MS

A força do agronegócio com o avanço dos preços das commodities, a agroindustrialização e o investimento público direto foram os alicerces que impulsionaram as riquezas de Mato Grosso do Sul e levaram o Estado a registrar o maior incremento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 a 2022 entre os estados da Federação.

O levantamento foi feito pela MB Associados e publicado em matéria na edição do final de semana do jornal Folha de São Paulo, que divulgou dados sobre a economia dos estados brasileiros. De acordo com a consultoria, Mato Grosso do Sul (4,9%), Tocantins (4,7%) e Goiás (4,5%) tendem a apresentar as altas mais intensas do PIB no acumulado de 2020 a 2022, na comparação com 2019, o ano anterior à crise sanitária.

Somente para 2022, a previsão da MB Associados é de que 14 unidades da federação fiquem acima do PIB nacional. A maior alta prevista é para o Tocantins, de 1,7%, após projeções de recuo de 1,6% em 2020 e de avanço de 4,6% em 2021. Na sequência, aparecem Mato Grosso do Sul e Goiás. Em ambos os casos, o crescimento esperado em 2022 é de 1,4%.

Secretário Jaime Verruck enfatizou a importãncia do agronegócio no resultado do PIB - Foto Kelly Ventorin

Para o secretário de Estado da Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck o impulso nas riquezas do Estado vem de fatores como mercado do agronegócio, agroindustrialização e investimento público direto. "São os elementos de base do tripé deste crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos. Isso demonstra da eficácia de quando o Estado atua em conjunto com a iniciatva privada. A economia ganha robustez", avaliou o secretário.

Verruck salientou que a estimativa é que a rentabilidade na agropecuária supere os R$ 82 bilhões em Valor Bruto da Produção (VBP) em MS puxada principalmente pelo alto preço da soja e milho no mercado mundial. "Nossa safrinha já está praticamente finalizada e com condições climáticas favoráveis o que deve trazer um bom rendimento nas lavouras", acrescentou.

No caso da agroindustrialização o secretário citou a atração de grandes empreendimentos na celulose, no setor de mineração, piscicultura e suinocultura. "Mato Grosso do Sul é a fonte de atração de grandes empreendimentos que garantem geração de renda e indicadores posiitvos de empregos. Foram mais de 3 mil vagas apenas no agro neste ano", relembrou.

"Hoje o MS é o quinto lugar em grãos no Brasil, o quarto maior produtor de carne bovina e o sétimo em suínos e aves", enfatizou.

Além disso ele frisa que a Semagro recebeu a sinalização de que as indústrias e etanol de milho como a Inpasa e Neomille vão iniciar suas operaçãos ainda neste ano agregando valor a produção e garantindo mais renda a população de cidades como Dourados e Maracaju.

Reformas foram essenciais 

Na semana passada um outro estudo desta vez da Tendências Consultoria apontou que o PIB estadual deverá avançar 1,6%, ficando em terceiro no País. Na análise do governador Reinaldo Azambuja o resultado se deu com reformas estruturantes que vem sendo orquestradas pelo Governo desde 2015. “O PIB é crescimento e geração de oportunidades, são riquezas correndo pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Essa projeção de ser terceiro ou talvez até o segundo maior PIB mostra o potencial do nosso Estado”, completou Reinaldo Azambuja.

Para o governador, reformas administrativa, previdenciária e fiscal implementadas ao longo dos últimos setes anos tornaram Mato Grosso do Sul um Estado equilibrado financeiramente, capaz de cumprir obrigações básicas, como o pagamento de salários do funcionalismo, e ainda fazer investimentos.

Reinaldo Azambuja lembra que os bons indicadores sociais, como os índices de emprego, são reflexo do crescimento econômico, da resposta do setor produtivo, da crescente taxa de abertura de novos empreendimentos. “A política de desenvolvimento tem que olhar em todos os segmentos, nada acontece por acaso, é fruto do esforço conjunto, de vontade política e ações concretas”, conclui o governador.