Uma pequena empresa solicitou aprovação nos Estados Unidos para vender um tomate geneticamente modificado que é rico em pigmentos que promovem a saúde encontrados em bagas. O tomate foi desenvolvido por um centro de pesquisa público no Reino Unido e demonstrou aumentar a expectativa de vida em 30% em camundongos de laboratório.
Um tomate roxo geneticamente modificado para ser rico em pigmentos benéficos encontrados em "superalimentos" como mirtilos, poderá em breve estar à venda nos Estados Unidos. Uma pequena empresa chamada Norfolk Plant Sciences solicitou aprovação no ano passado e espera obter o aval. "Estamos otimistas de que obteremos as aprovações de que precisamos", disse Eric Ward, consultor da Norfolk Plant Sciences, durante uma apresentação online em 22 de fevereiro. A empresa espera vender sementes para jardineiros e fornecer tomates frescos e outros produtos de tomate para as lojas.
O tomate roxo foi criado por Cathie Martin no John Innes Centre, no Reino Unido. Em 2008, sua equipe relatou que camundongos cuja dieta foi suplementada com este tomate roxo na forma liofilizada viveu quase 30% mais do que aqueles em uma dieta padrão ou uma dieta suplementada com pó de tomate regular. "Uma vida útil 30% maior é incrível", disse ele durante a apresentação, embora, é claro, os resultados dos estudos em animais não se apliquem necessariamente às pessoas.
Já existem variedades de tomate com pele roxa, mas tomates roxos geneticamente modificados também têm carne roxa. Eles contêm cerca de 10 vezes mais antocianinas, que são pigmentos antioxidantes. Para conseguir isso, Martin adicionou dois genes de plantas: snapdragon (Antirrhinum) e um de Arabidopsis. Os genes adicionados são ativos apenas em frutos, onde aumentam a atividade da maquinaria existente nas plantas para a produção de antocianinas.
