Publicado em 28/02/2022 13h03

China venderá reservas para conter preço do farelo de soja

“O mercado iniciou a semana em ritmo lento e viu preços aumentarem".
Por: Leonardo Gottems

A Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégica da China anunciou recentemente que irá vender reservas estatais para aumentar a oferta no maior mercado de oleaginosas do mundo, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. No entanto, nenhum volume foi anunciado até agora.

“A medida ocorre depois que os embarques nas últimas semanas ficaram muito aquém dos volumes esperados devido a problemas climáticos no Brasil e na Argentina, onde as safras foram duramente atingidas pelas condições de seca e, portanto, desacelerando o ritmo dos embarques. Conforme temos dito aqui, os preços do farelo de soja dispararam, embora os suinocultores lutem com os baixos preços de seus animais na China”, comenta a consultoria.

Além disso, Pequim anunciou medidas para aumentar a produção de soja, de acordo com um importante documento de política anual como parte de sua política de reforço da segurança alimentar e maior autossuficiência. “O país também anunciou esta semana, através do seu Ministério da Agricultura, que quer acelerar a expansão da produção de carne bovina, de carneiro e laticínios e “promover vigorosamente” a construção de fábricas de vegetais no norte, ao mesmo tempo em que melhora os suprimentos de emergência”, completa.

“O mercado iniciou a semana em ritmo lento e viu preços aumentarem à medida das notícias da invasão Russa à Ucrânia. Para nossos correspondentes, a escalada de instabilidade na Europa representa uma baixa nas exportações, o que leva a pelo menos duas situações: 1) o escoamento das produções fica a encargo do mercado interno, que tem, em si, suas limitações de volume; e 2) não se sabe ao certo como a Europa irá reagir em relação à demanda”, conclui.

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