Publicado em 24/02/2022 11h23

Milho: B3 vê tom de queda de braço

Em Chicago, o milho chega novamente em alta, por redução na oferta e conflito na Ucrânia.
Por: Leonardo Gottems

O mercado do milho no Brasil continua estável, enquanto a B3 vê tom de queda de braço por fundamentos, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os fundamentos, que permanecem ditando o ritmo dos negócios no milho, nesta quarta-feira, podem ser resumidos em dois: tensão entre Rússia e Ucrânia e dólar. De um lado, obviamente, pode-se dizer que a tensão entre os dois países deve elevar o preço das commodities, à medida que cresce a preocupação com uma instabilidade mundial. De outro, com a queda do câmbio, o milho pode desvalorizar-se, com o efeito da menor paridade para exportação da commodity”, comenta.

“No fechamento de mercado, um tom de leve alta para os principais vencimentos, que fecharam o dia de negociações conforme segue: o vencimento março/22 foi cotado à R$ 98,07 com estabilidade, o maio/22 valeu R$ 96,57 com alta de 0,29%, o julho/22 foi negociado por R$ 91,10 com ganho de 0,33% e o setembro/22 teve valor de R$ 90,85 com elevação de 0,39%”, completa a consultoria.

Em Chicago, o milho chega em novamente em alta, por redução na oferta e conflito na Ucrânia. “A cotação do milho para março22 fechou em forte alta de 1,04% ou 7,0 cents/bushel a $ 681,75. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 1,13% ou $ 7,50 cents/bushel a $ 672,75”, indica.

“Os preços continuam sustentados por um contexto de incerteza quanto ao desempenho produtivo na América do Sul e ao cenário do comércio mundial, onde os embarques da Ucrânia podem ser interrompidos. Na Argentina, a Bolsa de Cereales de Buenos Aires (BCBA) manteve sua previsão de 51 MT para a produção de milho 21/22 da Argentina, embora citou uma possível revisão para baixo, já que a seca deve persistir”, conclui.

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