Publicado em 03/02/2022 19h49

Classificação linear na raça Holandesa mais que dobra no Rio Grande do Sul

Segundo a Gadolando, foram 2,219 mil animais classificados em 2021, alta de 166,39% em relação à 2020.
Por: Assessoria de Imprensa

A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), encerrou o ano de 2021 com uma expansão em classificações lineares junto aos seus associados. O número mais que dobrou no ano passado em relação à 2020, alcançando 2,219 mil animais classificados, evolução de 166,39% ante ao ano anterior, com 833 classificações realizadas.

No total, 64 produtores foram visitados para a realização do serviço técnico. Segundo o superintendente técnico da entidade, José Luiz Rigon, esse número representa um avanço muito significativo para a associação e para seus associados. “Foi muito gratificante, os produtores se lisonjearam com este trabalho que trouxe uma movimentação muito grande no setor”, destacou. 

Rigon explica que a classificação linear é uma avaliação das características morfológicas do animal abrindo para sua funcionalidade que é buscando a produção de leite. “Nós buscamos uma vaca com uma melhor parte de reprodução, característica de produção e que seja longeva, que tenha bastante crias e produza leite. Uma vaca que dá 30 quilos de leite em média,  produz  27 mil quilos por ano”, exemplifica.

Conforme o superintendente técnico da Gadolando, quatro características das vacas  devem ser analisadas, como garupa,  pernas, sistema mamário e força leiteira. “Nós procuramos ver isto dentro do balanceamento da vaca que precisa ser forte, ter boa garupa para facilidade de parto, pernas fortes que diminuem a possibilidade de machucar os cascos, um bom sistema mamário com facilidade de ser ordenhada para que segure o úbere, e que também fique mais tempo dentro da propriedade”, ressalta.

Rigon observa, ainda, que as vacas que possuem a classificação linear também podem auxiliar em fazer acasalamentos dirigidos para correções necessárias. “Além de tudo isso, existe uma variação objetiva de cada animal individualmente, com qualidades e algumas deficiências, e as informações nos ajudam para que possamos fazer acasalamentos dirigidos para as correções. Isso também nos traz uma valorização comercial dos animais a auxiliam a alcançar uma maior pontuação genética”, destaca.

O especialista lembra que no programa existe a avaliação genética nacional da raça e que dentro destes dados avaliados é possível ter um Índice de Seleção Genética (ISG), gerando informações para comparar o comportamento daquele animal com outros exemplares do Estado e do país. “Dentro da propriedade eficiente é importante ter a classificação linear. Esses dados auxiliam na acurácia do rebanho para ser eficiente”, complementa.

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