Publicado em 17/10/2014 08h48

Com economia fraca, avicultura adota cautela

Mesmo com a abertura de novos mercados no exterior e a tendência de consumo ampliado por causa da realização de grandes eventos esportivos no Brasil, avicultura opera com cautela para garantir uma margem de segurança nas operações.
Por: Igor Castanho

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No segundo dia de trabalho de campo, a Expedição Avicultura 2014 conferiu que a Copa do Mundo não surtiu o efeito esperado no setor. Além disso, com os indicadores apontando desaceleração na economia do país, os frigoríficos preferem segurar a expectativa antes de fazer mais investimentos.

A Frangos Pioneiro, que abate mais de 160 mil aves por dia na região Norte do Paraná é um deles. O volume atual de abate da empresa é o dobro em relação a 2012, e cresceu graças a um plano prévio de expansão da empresa estruturado naquele ano. O planejamento funcionou e foi capaz de superar a crise de 2012 – provocada pelo aumento no preço das commodities como soja e milho, que impactaram no preço da ração dos animais.

No entanto, não há pressa para um novo aumento na capacidade do frigorífico. O atual nível de abates é considerado o ponto de equilíbrio das operações, conforme o gerente de fomento, Rhoger Henrique dos Santos. Segundo ele, 2013 foi um ano com resultado positivo, mas em 2014 “o mercado interno está mais ajustado”, devido à perspectiva de baixo crescimento da economia brasileira. Além disso, julho “foi o pior mês de vendas”, diz em referência a expectativa frustrada de aumento no consumo por causa da Copa. Após o mundial, a empresa retomou o comércio dos produtos dentro dos patamares normais.

Os negócios do frigorífico estão concentrados no mercado interno, por isso o reflexo da abertura de clientes como a Rússia acabou tendo efeito reduzido.

A Expedição Avicultura 2014 segue na estrada com destino a indústrias e produtores na região de Maringá e Arapongas.

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