Publicado em 28/01/2015 10h49

Vírus da Influenza Aviária agora é detectado na América Central

Testes de rotina, mantidos dentro de um programa de vigilância permanente, detectaram a presença de vírus da Influenza Aviária, subtipo H5N2, em uma granja de matrizes de corte com plantel de 17.400 aves. O plantel era composto por aves com 22, 38 e 39 semanas de idade. Cerca de 66,5% delas (ou 11.572 cabeças) apresentaram positividade ao vírus.
Por: Avisite

virus

A detecção ocorreu em Spanish Lookout, uma comunidade de maioria menonita localizada em Belize e que também concentra grande parte da avicultura do país. Mantém, por exemplo, 63.800 matrizes de corte distribuídas em 14 diferentes lotes ou granjas, além de expressivo número de poedeiras e frangos, cujos números totais são desconhecidos. 

Uma vez que as aves confirmadamente positivas ao vírus não demonstraram qualquer sinal da doença, os respectivos lotes não foram abatidos e vêm sendo acompanhados pelas autoridades de saúde animal de Belize.

Este seria, para o Brasil, apenas mais um caso do atual surto de Influenza Aviária que se manifesta em mais de uma dezena de países de vários continentes não fosse o fato de ter sido registrado na América Central. Ou seja: vem descendo Américas abaixo e agora é detectado em um país tropical extremamente próximo.

Localizado no mar do Caribe, Belize está encravado entre o México (ao norte) e a Guatemala (a oeste e a sul). Possui grande variedade de espécies de fauna e de flora, além de expressiva diversidade de ecossistemas. Por isso, é considerado um dos locais-chave do Corredor Biológico Mesoamericano, um sistema de ordenamento territorial que, entre outras atividades, estimula o movimento, a dispersão e a migração de espécies através da manutenção de “santuários ecológicos”.

Essa característica talvez explique o fato de o vírus da Influenza Aviária ter chegado, via aves migratórias, a uma zona essencialmente tropical. Porém, acima disso, reforça a percepção de que é necessária a máxima vigilância visando à detecção precoce do vírus. 

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