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Publicado em 03/08/2020 18h35

Número de produtores de cachaça e aguardente cai 22% no Brasil, aponta estudo

Entre 2018 e 2019, queda foi de 41,57% entre os que produzem aguardente e de 5,99% na cachaça
Por: Agência Brasil

cachaca

O número de produtores de cachaça e aguardente diminuiu 22,26% em 2019, na comparação com 2018. É o que mostra o estudo A cachaça no Brasil - dados de registro de cachaças e aguardentes, publicado pelo Ministério da Agricultura.

O levantamento revela que, em 2018, havia 1.397 produtores registrados no ministério e que, em 2019, o número de estabelecimentos com registros válidos foi de 1.086. Desse total, 165 produtores fabricam as duas bebidas, 192 produzem só aguardente e 729, apenas cachaça.

"Esse recuo no número de produtores registrados deveu-se, em grande parte, à redução do número de fabricantes de aguardente, que sofreu decréscimo de 41,57% quando comparado ao ano anterior, enquanto a redução do número de produtores de cachaça foi de apenas 5,99% no mesmo período", diz o levantamento.

Esta é a segunda vez que o ministério publica um retrato do setor. Para comercializar aguardente e cachaça no Brasil, é obrigatório o registro na pasta, tanto do estabelecimento produtor, estandardizador e engarrafador quanto dos produtos. 

O ministério reconhece como cachaça, a bebida feita a partir do mosto (líquido) fermentado do caldo da cana-de-açúcar, com composição alcoólica que pode variar entre 38% e 48%. A aguardente pode ser também um destilado alcoólico simples, mas com com posição alcoólica entre 38% e 54%.

Entre outros pontos, o estudo constatou que houve aumento de 9,73% na quantidade de marcas de produtos classificados como cachaça, que saltou de 3.648, no ano de 2018, para 4.003, em 2019. No entanto, mostrou também que caiu 62,35% na quantidade de marcas de produtos classificados como aguardente, de 1.862 para 701.

De acordo com o ministério, entre outros motivos, a redução deve-se ao fato de que muitos estabelecimentos estão com apenas um registro de produto, apesar de reconhecidamente produzirem mais de um tipo, seja com graduação alcoólica diferente, uso de diferentes madeiras, blends ou com envelhecimentos distintos.

"Esse fato contribuiu para uma diminuição de 14,63% no número desses produtos, quando comparamos o total de marcas nos dois anos", aponta o levantamento.

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