O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago (CBOT) registrou na quarta-feira (20.05) alta de 4,25 pontos no contrato de Julho/20, fechando em US$ 8,4675 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT fecharam a sessão com valorizações entre 3,75 e 4,25 pontos.
Os principais contratos futuros tiveram um dia de altas no mercado norte-americano da oleaginosa, com expectativa por novas compras da China. “Além disso, o Real parece ter parado de se depreciar em relação ao dólar, invertendo a tendência e restaurando a competitividade e impulsionando a soja americana. Farelo e óleo também operavam firmemente. Enquanto isso, o plantio está progredindo em um bom ritmo nos EUA: 53% (contra 38% de média histórica) e propõe um bom cenário produtivo, em torno de 112 milhões tons”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
“A ausência de compras chinesas nos últimos dias impediu uma alta mais acentuada das cotações. Na semana passada, exportadores dos EUA relataram três vendas de soja para a China, totalizando 730 mil toneladas. No entanto, não houve novos anúncios desde a última sexta-feira. Além disso, as compras chinesas de soja dos EUA desde meados de fevereiro somam apenas 2,2 milhões de toneladas”, dizem os analistas da T&F.
De acordo com a Consultoria ARC Mercosul conforme se avança para a transição de semestre, a qualidade da safra estadunidense vai ganhando importância no direcionamento do mercado internacional de soja e milho: “Até o momento, a única retórica sobre a expectativa de produção nos Estados Unidos é que uma safra cheia está se formando e o clima colabora para esta tendência”.
“Em linhas gerais, sem problemas meteorológicos no Cinturão Agrícola nestas próximas semanas, as cotações em Chicago se manterão pressionadas por uma possível oferta robusta de grãos em 2020”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
