O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago (CBOT) registrou na segunda-feira (11.05) alta de 4,50 pontos no contrato de Julho/20, fechando em US$ 8,55 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT fecharam a sessão com valorizações entre 3,50 e 4,50 pontos.
Os principais contratos futuros abriram a semana com mais altas no mercado norte-americano da oleaginosa, impulsionados por novas compras chinesas. “Segundo fontes privadas, a China comprou mais 240.000 toneladas de soja norte-americana para embarcar nos primeiros dias de Julho”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
Por outro lado, dizem os analistas, “para o relatório mensal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), as estimativas de estoques finais para os EUA são esperadas em níveis de guerra pré-comercial para o novo ciclo. Por sua vez, espera-se uma leve queda para a contribuição produtiva da América do Sul. Já para a safra dos EUA os operadores aguardam a confirmação de um avanço de plantio próximo de 42% (o USDA confirmou 38%)”.
O relatório de Inspeções de Exportação do USDA mostrou que 496.498 tons de soja foram embarcados na semana encerrada em 07 de maio. Isso é uma queda de 9,2% ao ano. Das exportações da semana, a China foi o principal destino com 76.545 tons de grão. As exportações anuais para soja ainda estão à frente do ritmo do ano passado em 5,1%, com 34,37 MT embarcados.
“O plantio de soja avançou 15 pontos percentuais em relação à semana passada 38% plantadas. A média de 5 anos até 10 de maio é de 23%. A NASS disse que a soja emergiu 7% até 10 de maio, 3 pontos acima da média de 5 anos. Os comerciantes estimam que na atualização mundial de. oferta e demanda do USDA reduzirá a produção sul-americana de soja em média em 2,3 MT para 51,2 para a Argentina e 123 MT para o Brasil”, concluem os analistas da T&F.
De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, a semana começou agitada em Chicago, com rumores de que chineses continuam comprando grãos estadunidenses para embarque imediato: “Entretanto, o otimismo no mercado internacional foi logo desacelerado com as expectativas de uma safra cheia nos Estados Unidos, uma vez que o plantio segue extremamente saudável. Além do mais, a ARC lembra que amanhã o USDA irá atualizar suas estimativas de Oferta e Demanda Mundial”, concluem os analistas.
