A maior parte das exportações russas de grãos é composta por trigo, do qual o país deverá ser o quarto maior exportador mundial neste ano.
No entanto, em resposta à inflação nos preços dos alimentos, a Rússia reduziu as exportações em dezembro por meio de um monitoramento de qualidade mais rígido e também anunciou uma nova tarifa de exportação que será aplicada a partir de 1º de fevereiro.
"As medidas já foram tomadas. Se elas não forem suficientes, há propostas mais radicais", disse um dos vice-primeiro-ministros, Arkady Dvorkovich, em uma reunião com parlamentares do partido político do presidente Vladimir Putin.
"Eu acho que não é necessário impor um embargo às exportações neste momento, mas esta proposta existe", disse ele, segundo a agência de notícias RIA.
A Rússia vinha exportando volumes recordes depois de uma grande safra de grãos de 104 milhões de toneladas, com a queda acentuada do rublo em meio à crise econômica do país aumentando o interesse por moedas fortes e, ao mesmo tempo, elevando os preços domésticos.
A restrição informal à exportação em dezembro, que foi reforçada a partir da entrada do novo ano, foi a terceira sobre o grão desde 2008, quando a Rússia criou um imposto sobre o trigo.
Em 2010 o país proibiu as exportações, depois de uma seca, causando turbulência no mercado. Dvorkovich não especificou a que ponto a Rússia poderia avaliar outro bloqueio.
Turquia, Egito e Irã são os principais compradores de trigo russo.