Publicado em 14/02/2020 17h29

Como a pecuária brasileira pode enfrentar o acordo comercial entre EUA e China

Reduzir custos da alimentação dos animais pode gerar fôlego aos produtores durante uma possível crise no setor.
Por: Aline Merladete | Agrolink

O recente acordo firmado entre as duas maiores potências econômicas do mundo - Estados Unidos e China -, pode enfraquecer a pecuária brasileira. Com o pacto, o país asiático, que hoje é considerado um dos maiores compradores da carne brasileira pode deixar de importar o produto brasileiro, para investir na compra da carne norte-americana. O  coordenador de especialidades da Quimtia Brasil, Jefferson Bittencourt, afirma que  algumas medidas podem ser importantes na hora de enfrentar uma "possível crise" no mercado brasileiro.

Segundo o especialista, para garantir a operacionalidade dos produtores de gado, aves e suínos, o primeiro passo é repensar os custos da produção animal. Para Bittencourt, cerca de 70% de todo o investimento no processo de produção animal está correlacionado aos preços da alimentação dos animais. Por isso, nos dias de hoje, a gestão destes gastos é importante e fundamental para a sobrevivência dos pecuaristas.

"Uma alternativa é fazer o uso de produtos feitos a partir de enzimas, que atuam como ferramentas da nutrição auxiliando para a redução de custos na produção de proteína animal, consequentemente, diminuindo o gasto da produção animal", explica.

Quando adicionadas na ração, essas enzimas atuam na estrutura dos grãos, removendo os fatores antinutricionais, gerando maior aproveitamento de nutrientes. "Isso faz aumentar a digestibilidade dos grãos, permitindo um melhor aproveitamento do alimento com uma efetiva otimização na utilização do milho e soja na dieta animal", finaliza Jefferson.